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Aramis

Verissimo para crianças

A literatura infantil tem sido o terreno menos explorado pela crítica literária, não só no Brasil, mas mundialmente. Esse evidente desprezo não encontra razões sustentáveis. É justamente na criança que se forma o leitor, o futuro público da literatura adulta. Seria de se esperar que os fatos da literatura infantil, pelo menos despertassem algum interesse no âmbito da investigação científica, visando, quando não por outro motivo, a educação da leitura. E neste sentido que um livro das professoras gaúchas Ana Mariza Ribeiro Filipouski e Regina Ziberman, "Erico Veríssimo e a Literatura Infantil" (edição da Universidade do Rio Grande do Sul/Instituto Estadual do Livro 80 páginas, Cr$ 25,00) representa, no quadro dos estudos literários brasileiros, um momento marcante. Valendo-se habilmente de um instrumental teórico consagrado, faz o exame do conjunto de obras para crianças, de Érico Veríssimo, notável escritor brasileiro, geralmente conhecido apenas pelas obras que deixou para os adultos. Assim, as professoras Ana Maria e Regina buscam explicar historicamente as características e efetividade da pouco divulgada obra infantil de Érico Veríssimo fazendo deste um pequeno livro de grande utilidade a educados e mesmo pais, interessados em orientarem a leitura de sues filhos. Trata-se, evidentemente, de um livro para leitura de adultos. Mas que orientará a que os pequenos descubram a beleza também da obra que Érico Veríssimo, autor gaúcho, falecido há 3 anos, deixando uma obra imensa e admirável, retratando principal de costumes e a história do Rio Grande do Sul. Mas, o autor de "O Tempo e o Vento" escreveu vários livros infantis na década de 30, mais tarde as enfeixando num único volume: "Gente e Bichos". Essas estórias foram "As Aventuras do Avião Vermelho", "Os Três Porquinhos Pobres", "Outra Vez os Três Porquinhos", "A Vida do Elefante Basílio" "Rosa Maria no Castelo Encantado" e "O Urso com Música na Barriga". Livros que até hoje estão nas livrarias, em edições da Globo, casa publicada por onde Veríssimo sempre lançou seus livros.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
No Mundo do Cazuza
24/09/1978
Será que podemos afirmar que os professores são responsáveis em despertar o interesse dos estudantes em adotarem o livro como companheiro de jornada? Creio que não. Acredito que o exemplo vem de casa, ou seja, os pais ou responsáveis devem desligar a TV, desligar o PC e segurar em suas mãos um livro. Não devemos esquecer que as crianças seguem os rastros dos adultos. Como podem os adultos cobrar das crianças atos que não praticam? Sou a favor da tecnologia, mas acredito que jamais haverá substituto para o livro, aquele de papel impresso, pode ser até meio amarelado pelo tempo.

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