Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de fevereiro de 1974
Dias atrás nos referimos ao lp "Succes de Toujours" com Paul Mauriat e sua orquestra, editado (com imensas dificuldades) por Jonas Silva, pela Imagem, como um dos melhores lps instrumentais dos últimos meses - em que o maestro francês soube selecionar o que havia de melhor na música em torno do tema (mágico) de Paris. Sem o romantismo de Mauriat e com um repertório bem mais diversificado, também está com boa qualidade o lp da "Grande Orquestra de Raymond Lefevre" (Barclay-RCA Victor, 104.8007, dezembro-73), outro maestro francês que sem ter a mesma popularidade de Mauriat, desenvolve um sério trabalho da adocicada música instrumental. A seleção do álbum não poderia ser melhor e é um disco ideal para se ouvir de "back-ground", na tanquilidade de uma noite chuvosa (e de amor): "My Love", "Um Grande Amore e Nient e Piu", "Harmony", "Delta Queen", "Nous Irons À Verone", "You're a Lady", "Sonata em Dó Maior" de Mozart, "For Ever a Lady", "Jesahel", "Day By Day", "Kiss Me", "Il Etalt Une Fois La Revolution" (o inesquecível tema de Enio Morricone do filme "Quando Explode a Vingança"), "Speak Softly Love" e, ora viva, "Fio Maravilha" de Jorge Ben (foto). São 15 músicas de sucesso que graças ao bom gosto de Lefevre e a harmonia das várias seções de sua orquestra obtém um novo rendimento, quase como uma lição para nossos pobres arranjadores que em suas cansativas séries de sucesso são incapazes de oferecer as músicas das paradas com um pouco mais de tortura.
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