Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de abril de 1973
Pertencente a uma família essencialmente musical - seus irmãos integram os grupos Golden e Trio Ternura - Evinha, surgiu como uma notável revelação há quatro anos: jovem, dona de uma voz romântica, agradou bastante em seu primeiro longa-duração. No segundo disco, manteve um bom gosto na escolha do repertório e muito esmero na interpretação de cada faixa. Agora, entretanto, neste quinto lp, Evinha nada mais acrescenta. Não sei se pela falta de melhor critério na escolha das músicas ou pelos arranjos poucos inspirados do maestro Eduardo Souto Neto, o fato é que Evinha permanece igual sem emocionar, sem "feeling" do início ao fim - lembrando quase o estilo impessoal (e até irritante) de outras vocalistas do elenco da Odeon - Eliana Pittman, como sambista uma bela morena Evinha parece impressar agora na fase de curtição do trio Sá-Rodrix-Guanabyra de quem gravou duas músicas: "O que é que eu estou fazendo na rua" e "Deixe Bolar" Infelizmente até "Coisas" de Antônio e Mário Morcos ("Como vai você) e da dupla Robertto-Erasmo Carlos ("As Canções que você fez prá mim") foram incluídas neste disco, em que para completar tem uma versão do hit "Bem" (Black-Share) em versão de Geraldo Figueiredo. Mas nem tudo é calamidade: "Moça" é um tema até que gostamos de Maria Thereza Guinle, bem como "Vozes Vazias" de Fernando Araújo e Ely de Oliveira e "Tiro de Cores" de Cassiano-Robson Jorge. O mano de Evinha, Renato Correia, é autor de "Foi Assim" (Juventude e ternura), outra faixa fraca deste álbum que nada acrescenta a carreira de Evinha. Pelo contrário...
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