Desde o falecimento de Aramis Millarch, em 1992, dezenas de pessoas vieram procurar, no material criado e coletado pelo jornalista, informações e subsídios para seus trabalhos. Até pesquisadores de mestrado e doutorado já se basearam nos artigos de Aramis para desenvolver seus estudos. Um deles foi o Ignácio Dotto Neto que, em 1996, passou algumas tardes com uma daquelas máscaras brancas, "anti-fungo", procurando os artigos que o Aramis havia escrito sobre o Teatro Paranaense para uma pesquisa de levantamento de 15 anos de história das artes cênicas no Paraná, patrocinado pelo CNPq. Na mesma sala em que esta pesquisa era feita, havia um computador com uma pilha de CD-ROMs ao lado, com informações que poderiam ser encontradas com um clique do mouse. Porém, o conteúdo dos artigos de Aramis não estavam tão acessíveis assim. A ligação entre as duas coisas foi imediata e a quase impossibilidade de pesquisa nos 50.000 artigos escritos pelo jornalista fez nascer esta idéia. O trabalho começou ali mesmo - literalmente - tanto que o Ignácio foi o primeiro pesquisador recrutado para o projeto. O resto da história está aí, continuamos a busca por pessoas interessadas e competentes para ajudar nas demais áreas. A Maria Christina Baptista Pinto, historiadora e revisora, foi a primeira na equipe de digitação e revisão e nos ajudou a "recrutar" outros integrantes. Coincidentemente, a Chris havia trabalhado na transcrição das entrevistas feitas no projeto Memória Histórica do Paraná, do extinto Banco Bamerindus, do qual Aramis era um dos entrevistadores.