Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de abril de 1973
Apesar de toda sua beleza e perfeita integração a nossa melhor música popular, o Bandolim é instrumento dos menos divulgados entre nossos músicos. De Origens italianas mas que se ajusta perfeitamente a fase mais rica de nosso cancioneiro, nos anos 30/50, o Bandolim só teve sua valorização nas mãos de Jacob) Bittencourt (1916-1967), assim mesmo, em termos de grande público, após a sua morte e principalmente pela valorização que teve de um grupo de intelectuais e jornalistas cariocas, que capitaneados por Ricardo Cravo Albin, lhe deram um merecido destaque nos históricos show que Elizeth Cardoso fez no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, acompanhado pelo Zimbo Trio e o grupo Época de Ouro de Jacob Luperce Miranda, outro dos excelentes executantes de bandolim, só recentemente teve dois álbuns lançados em nível nacional, um deles produzido pelo MIS-GB e o segundo sem um repertório a altura de seu talento. Por isto é importante o lançamento do << Elio do Bandolim (Premier, 307.3163), em que um, relativamente jovem bandelinista executa uma seleção das mais felizes. Lamentável apenas que além da gravadora não oferecer a menor informação sobre quem é Elio (foto), também o repertório seja tão tradicionalistas, com a maioria das músicas já gravadas nos lps de Jacob e de seu grupo Época de Ouro (Rca Candem). De qualquer forma, um bom disco para quem gosta do gênero: << Miosótis >> e << Confidência >> de Ernesto Nazareth; << Flor Amorosa >> de Catulo; << Cadência >> de juventino Maciel; << Muemurando >> (Fom Fom-Maria Rossi), << Numa Seresta >> . (Luiz Americano), << Lamento >> (Pixinguinha-Vinicius), << Não Me Toques >> (Zequinha de Abreu), << Receita do Samba >> (Jacob), << Chorando Pra Pixinguinha >> (Toquinho-Vinicius), além de uma << homenagem a Jacob >> com << Nosso Romance >> , << Simplicidade >>, << Doce de Côco >> e << Migalhas de Amor >>.
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