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Aramis

No campo de batalha

A temporada de verão e o grande movimento nas praias animou o jornalista Victor Grein Neto a reeditar a "Folha do Litoral", que volta a circular hoje, em todas as praias do Paraná. O número um da "Folha do Litoral" saiu di 1o de setembro de 1978, mantendo-se por 25 semanas, até fevereiro de 1979. Agora, com nova paginação e dedicando-se a tudo que se relaciona ao Litoral, a esperança de Victor Grein é manter o jornal mesmo após as férias de verão. xxx Dos mais bonitos o catálogo-documento da I Fotosul-83, promovido pelo escritório regional da Funarte, em colaboração com a Empresa Jornalistica Caldas Júnior, de Porto Alegre e patrocínio do Bamerindus. O projeto conduzido pelo jornalista Jaime Culpstein, Domício Pedroso (Funarte) e Eloi Zanetti (Umuarama Publicidade) reuniu centewnas de fotografias, das quais uma comissão julgadora selecionou as que melhor se identificassem com o tema - "Presença do Imigrante na Região Sul". Trabalhos de 55 fotógrafos, entre profissionais e amadores, foram classificados - 35 gaúchos, 16 do Paraná e apenas 4 de Santa Catarina (3 de Florianopólis, um de Videira). Orlando Azevedo teve uma de suas fotos escolhidas e entre os profissionais de Curitiba, que entraram na Fotosul, estão Vilma Slomp (esposa de Orlando), Júlio César Covello Neto, João Urban (que participou da comissão de seleção), Helmut Wagner, Alberto Melo Viana, entre outros. Entre os amadores, Francisco Bettega Netto, assessor de relações públicas da Copel e que no início dos anos 60 marcou época como respeitado crítico de cinema da edição paranaense do jornal "Última Hora". xxx O engenheiro Euro Brandão, ex-ministro da Educação e Cultura no governo Geisel - quando substituiu a Ney Braga - aposentou-se da Rede Ferroviária Federal (na qual chegou a diretor-geral) e da Universidade Federal do Paraná, como professor do curso de engenharia. Só que não vai se dedicar apenas à pintura - embora isto há muito já tenha deixado de ser apenas um hobbie (foi discípulo de Viaro e já fez várias individuais). Há 13 anos passados. Euro foi quem implantou o centro de computação no Centro Politécnico e agora está fazendo projeto semelhante na Universidade Católica do Paraná. xxx Além das pinturas dos computadores, outra preocupação de Euro Brandão: reestruturar o semanário "Voz do Paraná", fundado há 27 anos, e do qual é propietário, associado ao médico radiologista Roaldo Koehller. Como acontece todos os anos, a "Voz do Paraná" deixa de circular no mês de janeiro e seus propietários aproveitam estas férias para se desfazeem da gráfica, instalada em prédio (alugado) na Rua Francisco Scremim, vender os linotipos, off-set e outros equipamentos de impressão. A "Voz do Paraná", órgão que obedece a orientação pastoral de dom Pedro Fedalto, arcebispo metropolitano, retornará, possivelmente, em março, com novo formato e apenas como empresa editorial. xxx Falando em jornais que suspendem a circulação, também a "Folha Metropolitana", fundada há 27 semanas por Rosnel Bond, deixa de circular por algumas semanas. É que sua redação está se transferindo das apertadas instalações no conjunto 611 do Edifício Tijucas para uma mansão na Rua da Glória, 258. A linha do semanário continuará a mesma, ideologicamente definida e buscando manter independência partidária. xxx A Prefeitura de Curitiba também tem o seu jornal, Chama-se "Comunidade Municipal", tem circulação bimensal entre os funcionários e está em seu quinto número. Em formato tablóide, 8 páginas, traz reportagens de interesse dos servidores, dentro da política de integração da equipe - uma das metas do prefeito Maurício Fruet. Por sta razão, uma das principais reportagens do número que está agora circulando é sobre a Asociação dos Servidores Municipais de Curitiba, que conta com apenas 1.600 associados - o que dificulta sua ação, nas palavras de seu presidente, Rivaldo Claudino de Oliveira. Uma página do jornal destaca o trabalho do engenheiro Sérgio Irineu Bonk, da turma de 1975 da UFP, funcionário da Prefeitura desde 1965 e atual diretor do terceiro distrito rodoviário, que atende uma das regiões mais problemáticas da cidade: o Boqueirão. xxx O espiríto de imitação do curitibano se traduz até nos nomes dos restaurantes: depois que um ex-garçom de uma pizzaria e foi bem sucedido em sua casa, a qual deu o nome de "Dartagnan", logo surgiu na Rua Carlos Cavalcanti, outra casa com o nome de personagem de Alexandre Dumas: "Aramis". Agora, também na Carlos Cavalcanti, um velho casarão foi reformado e abre identicamente como pizzaria com o nome de "porthos". Só fica faltando o "Athos" para complementar os 3 Mosqueteiros que eram quatro... xxx Aliás, a "inspiração" de nomes medievais para casas deste gênero - que tem seu maior mercado no público jovem - continua: já existe o "Ivanhoé", e i "Lancelot", este acoplado ao London Pub, no Largo da Ordem... ou da desordem. xxx Mudanças na Rádio Independência em conseqüência dos resultados do Ibope: "A Baiuca do Xiló". Uma das mais antigas audições da emissora, produção de Paulo Cesar, deixa de ir ao ar. Também o programa de Zé do Pito, da área sertaneja/urbana, na madrugada, foi cortada, após análise dos últimos índices de audiência.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
06/01/1984

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