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Observatório

a morte de Alfred Hitchcook, aos 80 anos, na última terça-feira, motivou a reprise de seus filmes que estão com cópias na cidade. A partir de amanhã., no Bristol, um Festival Hitchcook dará oportunidade a que se (re)vejam alguns de seus trabalhos nos últimos anos. O primeiro programa é justamente o seu último filme, << Trama Macabra >> (Family Plot), com Karen Black e Bruce Dern, lançado em 1976. No final de 1977, o mestre << Hitch >> começou a preparar << Short Night >>, a respeito do qual, em princípios de 1978, um executivo da Universal, nos falava em Hollywood: << Não há data certa para lançamento, pois Hitch trabalha lento, devido a idade... >>. Agora, as filmografias - 66 obras em 51 anos - mencionam << Short Night >>, mas sem maiores referências ao elenco, o que leva a suposição de que o filme ainda não foi concluído. No festival, que o Bristol, programou para a próxima semana, teremos além de << Trama Macabra >>, << Frensei >> (72), << Topázio >> (69), << Cortina Rasgada >> (66), << Intriga Internacional >> (1959), << Psicose >> (60) e, aquele que muitos classificam como sua última obra-prima, << Os Pássaros >> 863). Reprise mais do que justificáveis... Graças aos menos ao Departamento de Genética e do curso de pós-graduação em Genética Humana, a Universidade Federal do Paraná estará muito bem representada na próxima reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, no Rio de Janeiro. Justamente quando aquele setor perde, devido a intolerância de certas pessoas, a colaboração de seu fundador e expressão maior, o cientista Newton Freire-Maia, a equipe formada pelo estimado professor e pesquisador preparou, em apenas duas semanas, um total de 19 resumos já enviados a SBPC. Esse alto número - para uma pequena equipe de apenas 15 professores, a variedade dos temas abordados e o nível internacional que caracteriza os trabalhos refletem a alta qualificação dos seus docentes e estudantes. Assim é que há investigações sobre os efeitos dos casamentos consangüíneos sobre a mortalidade e a morbilidade na cidade de Imperatris, Maranhão (trabalho realização, graças ao Projeto Rondon, no campus avançado da UFP), sobre uma comparação entre a estrutura cronossômica de brancos e descendentes de asiáticos, sobre o mapa genético humano (os dados mostram que os genes investigados não se encontram próximos), sobre a descrição de duas doenças novas (síndromes de displasia ectodérmica e malformações), sobre a polimorfismo de variantes de hemoglobina em Curitiba, sobre a estrutura genética (uniões consangüíneas, migração, população reprodutora etc.) em Guaraqueçaba, entre outros. Notáveis é o fato de que as pesquisas foram realizadas em equipe (há várias com 4 ou 5 autores), sendo que alguns desses trabalhos incluem professores de outros instituições, como as Universidades Federais da Bahia (10), do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Carlos, da católica do Paraná e da Faculdade de Medicina de Itajuba (um de cada). Dos 35 autores, 20 pertencem ao Departamento de Genética (vários são estudantes de pós-graduação): seus nomes comparecem 37 vezes, havendo dois autores com 6 trabalhos cada um, dois com três trabalhos, etc. FOTO LEGENDA - Freire-Maia: presença nacional Foi das mais emocionantes a apresentação que o balé Morozowicz fez no Teatro da Aliança Cultural Brasil-EUA, em Montevidéu, no dia 25 último, durante o encontro de dança encontro de danças modernas, realizado na capital uruguaia. As bailarinas Maria do Rocio Infante, Monica Laurer, Maria Elisa Chuire e Mario Teresa Consentindo apresentaram inicialmente a coreografia criada especialmente por Milena Morozowicz sobre um tema musical de seu irmão, Henrique (atualmente na Cornell University, NY, fazendo doutorado em composição) e, depois, improvisaram sobre temas de Mussorsky, Mahler e outros autores. Dentro da técnica que Milena, coreógrafa, professor e bailarina, desenvolve há anos, na escola fundada por seu pai, Thadeo Morozowicz, a improvisação na dança emocionou o público que por quase 3 minutos aplaudiu o espetáculo. Aliás, ao final, as bailarinas saíram do palco e procuraram um contato direto com os espectadores, a exemplo do que faziam os intérpretes de << Lição de Anatomia >>. A emoção foi imensa e a crítica especializada, que existe em Montevidéu com maior volume do que no Brasil, não poupou elogios. Silva Trom, da Rádio Centenário, uma especialista na área, classificou o trabalho de Milena << como algo nunca visto antes no Uruguai >>. Convites para Milena voltar a Montevidéu, criar novas coreografias, orientar curso, surgiram, e só seus compromissos frente, à escola que há 54 anos seu pai fundou em Curitiba, é que a impedem de momento, de aceitá-los. Aliás, no dia 25, Thadeo completava 80 anos, desde 1926 em Curitiba, e enquanto aqui ninguém se lembrava de homenageá-lo, em Montevidéu seu nome era reverenciado. Ivo Lessa é um entusiasta pelo canto lírico, ao qual se dedica desde menino. Embora ganhe a vida como assessor da área de planejamento da Copel, Lessa já tem um bom curriculum profissional, com algumas dezenas de apresentações e uma das melhores vozes da Camerata Antiqua de Curitiba. Agora, paralelamente a um trabalho de pesquisa e de repertório de obras de compositores paranaenses, passou a coordenar o projeto << Paraná Canta >>, que a Secretaria da Cultura e do Esporte inícia dia 9, na cidade de Lapa e prossegue dia 10, em Castro, terra natal de Bento Mossurunga - e devendo atingir 22 outras cidades. Nesses dois programas serão interpretadas obras de compositores paranaenses como Bento Mossurunga, Brasília Itiberê, Luiz Ellogio Zilli, WolfSchaya e Alceu Bocchino, hoje regente da Sinfônica Nacional, curitibano há mais de 30 anos radicado no Rio. Bocchino, aliás, deve ir para instalação do projeto, numa justa homenagem. Participação do Projeto, além de Ivo Lessa, tenor, também Roseli Schunemann (soprano), Carlos Losse (barítono), Maria Alice Moreira Brandão (violinista), Geraldo Gorosito (pianista) e o coral Bento Mossurunga, de União da Vitória, sob a regência de Abilio Heiss. Presidente do Sindicato dos Exibidores dos Estados do Paraná e Santa Catarina há 15 anos - embora há muito tempo esteja afastado do ramo (seu cine, << Ópera >>, de Antonina, está fechado e deve agora ser absorvido pela Paranatur, para ser transformar num teatro), Ismail Macedo é um castrense apaixonado. Presidente do Centro castrense de Curitiba, Macedo mantém regularmente << A Voz do Iapó >>, que tem como slogan << presente no Brasil, onde residir um castrense >>. Agora, Ismail está reivindicando algo que normalmente não é muito comum: que Castro receba << um dos grandes quartéis do Paraná o de defesa antiaérea >>. E, em sua coluna << Detalhes >>, Macedo conta quem vai fazer esta reivindicação diretamente ao presidente João Figueiredo: o general Arold de Castro, residente no Rio, castrense de coração, e que << quando mais jovem, na Escola Superior de Guerra, era o general um impoluto professor de várias alunos, alguns até, hoje, grandes homens do nosso País. Dentre eles, um dos mais inteligentes era João Baptista de Figueiredo, hoje presidente da República >>.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
04/05/1980

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