Problemas da Escola e Genética
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de julho de 1974
Recife (via Telex - A professora Pórcia dos Guimarães Alves, titular da cadeira de psicologia da educação, apresenta na tarde de amanhã numa das últimas sessões da 26ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, um relatório impressionante sobre a realidade escolar - com dados do Paraná, mas que extrapolam em nível Nacional. Pioneira no ensino de crianças excepcionais inclusive das super dotadas, Pórcia, que no ano passado encerrou as atividades do Instituto Decroly, manteve durante 10 anos, decidiu pesquisar as dificuldades das crianças em escolas do primeiro grau, examinando, a fundo [as] suas próprias dificuldades. Concluiu, como o Estado publicou há duas semanas, sobre os diversos problemas apresentados no desenvolvimento do ensino em especial no aprendizado do português e da matemática. Sucessor de Waldemar Ladoski, hoje na Universidade de Pernambuco e Coordenador Executivo desta reunião da SBPPC, na Cadeira de Fisiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Católica do Paraná. O professor José Geraldo Lopes de Noronha, 31 anos, paranaense de [Jacarezinho], foi um dos jovens cientistas que mais se destacou nas sessões que reuniu os Fisiologistas de todo o País. Noronha, que é o irmão caçula do advogado Antônio Lopes de Noronha, diretor da Polícia Civil, trouxe nada menos que três trabalhos de grande profundidade que, mereceram a ampla cobertura.
Noronha apresentou aqui suas pesquisas sobre "Ações metabólicas da Dopamina sobre o metabolismo oxidativo do hipotálamo e córtex cerebral do rato", desenvolvido em equipe com Deyse Johnsen Campos e Nely Lha; "Efeito das aminas disgênicas sobre o sistema reprodutor da molusca gastrópoda", em colaboração com [a] bioquímica Sirley Pereira; e "Efeitos do difenidal sobre auríala isolda de cobaia", [esta] com colaboração com os médicos Virgílio Augusto Fortes e Hélio Germiniani. Ladoski, ilustre fisiologista, coordenador de um dos [três ] únicos cursos de mestrado em Fisiologia, no Brasil - que até 72 estava em Curitiba, junto a UCP - está há 2 anos na Universidade de Pernambuco, que lhe deu todas as condições para o funcionamento deste curso de pós-graduação.
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