A tocha olímpica nas mãos de Athos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de maio de 1986
Teve lances dignos de um bom documentário cinematográfico a festa de abertura da I Olimpic - Jogos Internos Globais do Clube Curitibano, na sexta-feira, que levou mais de 4 mil associados. Afinal, entre os 827 inscritos - e o número só não foi maior, devido à própria limitação que a comissão organizadora teve que impor por razões técnicas - estão pessoas das mais diferentes faixas etárias.
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A tocha simbólica foi conduzida pelo desembargador Athos Moraes de Castro Velloso, 76 anos, atleta desde os 16, até hoje um rígido craque de tênis, e que, com a maior dignidade, conduziu-a até a pira. Entre iluminação feérica e efeitos especiais que chegaram até a empregar gelo seco. Filho de Dario Vellozo - o fundador do Instituto Neo-Pitagórico, na Vila Isabel e que na Curitiba do início do século, marcava suas festas e tertúlias lítero-intelectuais, com toda a tradição greco-romana, o desembargador Athos, por certo, sentiu-se honrado em ser o escolhido para a bonita solenidade.
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Hoje com 17 modalidades de esporte e colecionando prêmios e troféus em escala internacional - a tal ponto que muitos de seus atletas já estão trilhando caminhos profissionais (como a tenista Gisele Miró), o Curitibano se firma na administração Constantino Viaro como um dos três maiores clubes do País. Seu diretor de Esportes, Celso Camargo, 34 anos, gerente da Caixa Econômica Federal do Paraná, trabalhou bastante por esta Olimpic - investimento de quase Cr$ 450 milhões, mas custo zero ao clube graças aos patrocinadores (especialmente o Bamerindus), mas os resultados serão altamente compensadores.
Ao lado da parte atlética, também muitas festas e música - desde o rock pauleira do Camisa de Vênus e Marca Registrada na noite de sábado, até o supershow de Simone, no encerramento, no próximo dia 30.
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