Videolançamentos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de janeiro de 1992
Depois de uma pífia refilmagem de "A Ilha do Tesouro", recentemente lançada em Curitiba, Fraser C. Heston ataca com novo filme tendo como atração principal a paternal atuação de Charlton Heston - que depois de ter vivido os maiores personagens - Moisés, Michelangelo, Ben-Hur, entre outros - é agora o detetive Sherlock Holmes, numa livre adaptação que o próprio Fraser fez sobre o personagem criado por Arthur Conan Doyle. "O Mistério do Forte Vermelho" (Crucifer of Blood), produção recentíssima (1991), que no elenco tem nomes pouco conhecidos afora Charlton - Richard Johnson, Susanah Jarker, Edward Fox e Simon Callow - está sendo lançado no Brasil pela distribuidora Vídeo Art. Só mesmo para os fanáticos sherloqueanos pode-se recomendar esta produção com o velho Heston que, aos 68 anos, merecia ter condições de selecionar melhor os papéis para o ocaso de uma carreira das mais brilhantes.
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A mesma distribuidora Vídeo Art - com o selo Kids - também disputa o mercado infantil, com desenhos de personagens bastante conhecidos no Brasil: "Os Jetsons e os Flintstones se Encontram" (87), "Garfield" - personagem criado por Jim Davis, com muita sutileza nas tiras jornalísticas mas que perde em sua adaptação no cinema - e novas aventuras de Zé Colmeia, criada pela dupla Joseph Barbera e William Hanna - que sempre disputou com Disney, a partir dos anos 60, o império que representa a produção de desenhos animados para as crianças.
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Uma das melhores coleções é o da National Geographic Vídeo, que tem no Brasil distribuição pelo Vídeo Art. O último volume, "Balada do Cavalo Irlandês", destina-se especialmente a faixa de adeptos do hipismo, criadores e estudiosos do mundo dos cavalos - aos quais, aliás, existe toda uma produção especial. Nesta produção dirigida por Mirian Birch, é focalizando o cavalo irlandês, em narração em português por Antônio Casale. Também este é um vídeo que tem potencialidades para o consumidor final - já que interessa a um reduzido, mas de altíssimo poder aquisitivo, grupo de especialistas.
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Atuando há pouco no mercado, a Condor Vídeo traz produções recentes, embora sem maiores créditos. É o caso do policial "Alvo Mortal" (Prime Target), 1991, em cujo elenco o único nome conhecido é de Tony Curtis - o galã baby face dos anos 50, hoje um envelhecido ator que está quase irreconhecível como um ex-mafioso que é protegido pelo policial interpretado por David Henverner, também o diretor.
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Outra produção 1991, que a Condor está antecipando em vídeo - e que dificilmente fará boa carreira no circuito comercial - é "Nascido para a Luta" (Born To Fight), de Vicent Dawn. A curiosidade é a homenagem que o diretor faz ao grande cineasta Sam Wood (1888 - 1948), diretor de clássicos como "Em Cada Coração um Pecado" e "Por Quem os Sinos Dobram", dando seu nome ao personagem principal, um veterano do Vietnã. Uma jornalista de televisão propõe que Sam Wood retorne ao Vietnã, para, no campo de concentração de Lou Tan, onde foi prisioneiro, a reportagem tenha maior "clima dramático". Obviamente, confusões se sucedem nesta co-produção italo-americana.
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Os mais medíocres plágios continuam a enganar os desavisados. Um picareta internacional nascido na Itália e que usa o pseudônimo de Anthony Dawson aproveitou o sucesso de "Os Caçadores da Arca Perdida" (1981, de Steven Spielberg) e fez uma série de pastiches inqualificáveis. Um destes "Os Caçadores da Serpente Dourada", está sendo distribuído pela Pole-Tel Filmes e empreendimentos. Fuja!
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Enquanto a versão de "Robin Hood" com Kevin Costner chegou em lançamento da Warner - com grande campanha publicitária - outras distribuidoras aproveitaram a ocasião para faturar em cima do mesmo personagem. A versão que a O. P. A. Produções Artísticas está tentando impingir nas distribuidoras pelo menos tem a dignidade de ser em forma de desenho animado - "Robin Hood - Príncipe dos Ladrões", incluído em sua "Coleção Contos Clássicos", no selo Babylandia.
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