Jorge Carlos Sade
A exposição de José Lima
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de abril de 1977
O pintor Antônio Maia, hoje um dos mais badalados artistas plásticos brasileiros, fez questão de vir a Curitiba acompanhando o seu amigo José Lima, 42 anos, pernambucano do Recife, que hoje à noite tem a sua individual. Radicado no Rio desde 1938, com cursos nos Liceu de Artes e Ofícios do Rio (1955-59), Museu de Arte Moderna, com Ivam Serpa (1960) e Friendlaender, José Lima passou a expor, individualmente, a partir de 1958.
Murais & Livros
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de abril de 1977
O programador visual e artista plástico Ivens de Jesus Fontoura já aprontou um projeto para refazer o painel-gigante na Rua Visconde de Nacar, entre as ruas Comendador Araújo e Emiliano Perneta - desenvolvido há 5 anos passados pelos estudantes de arquitetura e belas artes. Apesar do tempo, o painel, com suas cores vivas ainda é uma das melhores demonstrações da criatividade coletiva.
Scliar, mural & livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de janeiro de 1977
O pintor Carlos Scliar não pôde estender sua temporada curitibana, quando aqui esteve na terça-feira, para paraninfar o casamento de um amigo, o estudante Rogério Tissot. É que assinou contrato com a Imprensa Oficial do Rio de Janeiro para aprontar em 30 dias um painel de 4 x 2 metros, destinado as novas instalações daquela repartição.
Bia, superstar
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de outubro de 1974
Satisfeitos com a repercussão da exposição (Acaiaca, até dia 3 de novembro, Bia Wouk e Carlos Eduardo Zimmermann decolam neste fim de semana para Campinas. Bia foi a única artista do Paraná premiada no importante salão de desenho que ali será inaugurado no sábado, onde Zimmermann participa como convidado especial.
Artigo em 12.09.1974
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de setembro de 1974
A primeira vernissage dançante ocorrida no Paraná "e possivelmente no Brasil", como dizia, entusiasmado, Jorge Carlos Sade, marcou terça-feira, a inauguração das belíssimas gravuras do [gaúcho] Nelson Fritz Ellwanger, na Acaiaca. Espontaneamente, animados pelas fartas doses de Old Eight e boa [música] do órgão de João Ricardo, alguns casais começaram a dançar nos verdes tapetes da galeria e a festa foi bastante animada, com muita gente conhecida bailando nas [várias] salas.
Sade & e a Collectio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de junho de 1974
Envolvido há cerca de um ano numa transação da Galeria Collectio, de São Paulo, que lhe trouxe muitos aborrecimentos, Jorge Carlos Sade, ao retornar ao Brasil, em dezembro último, após 4 meses na Europa, soube da morte de José Paulo Domingues da Silva (1928-1974), dono da Collectio e seu principal acusador. Sua reação foi a mais cristã, apesar do sangue árabe que lhe corre nas veias: procurou o frei Zanini, da Igreja das Mercês, e encomendou uma missa pela alma de quem tanto o tentou prejudicar.
Os Homens & Os Fatos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de junho de 1974
Ex-reitor da Universidade de Paris, doutor Honoris Causa das Universidades de Frankfurt, Liège, Montreal, Mampelune (Espanha), Columbia University (Nova Iorque), Nápoles, Bucareste e de mais quatro instituições da Inglaterra - Bradford, Londres, Oxford e Southampton -, o professor Jean Roche, 73 anos, chega a Curitiba no dia 30, para pronunciar uma única conferência no Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná.
Sem Título
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de junho de 1974
Uma antiga sugestão que fizemos nas páginas de O Estado será concretizada nos próximos dias a fundação de um clube reunindo os colecionadores de trilhas-sonoras. A iniciativa é de Jorge Carlos Sade, pintor e marchand-de-tablaux que já colocou como sede da original entidade a sua galeria Acaiaca (praça Garibaldi, 50).
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Nas trilhas do Cinema (I)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de julho de 1974
Cresce o nosso antigo projeto de se formar um clube que reuna todos os aficionados por boas trilhas sonoras, com ramificações pelo jazz e outros [gêneros] - [cujo] pequeno catálogo existente no Brasil e dificuldades para aquisição de álbuns importados (agora praticamente proibido com a elevação de mais de 100% sobre produtos supérfluos - justifica uma natural permuta não só através de gravações mas também de informações - raríssimas em nossa imprensa, mas existentes em revistas estrangeiras, com seções especiais destinadas [às] trilhas sonoras.
Kaminagai na Acaiaca
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de junho de 1974
Reunir em três horas praticamente toda a elite cultural e social da cidade não é tarefa fácil e só uma pessoa com as relações de amizade e prestígio como Jorge Carlos Sade poderia conseguir isto. Aguardada há quase dois anos, a inauguração da Acaiaca, na noite de quinta-feira, foi o principal acontecimento da temporada, e para sua abertura Sade não poderia ser mais feliz do que escolher a mostra de Kaminagai, pintor pós impressionista que durante os 14 anos que residiu no Brasil influenciou o trabalho de artistas como Shiró, Fukushima, Tanaka e Ambé.