Sérgio Ricardo
O Evento musical de 74
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de novembro de 1974
Há exatamete um ano, em nossa página dominical de O ESTADO, famos o primeiro jornalista brasileiro a publicar, em detalhes, o projeto do record-man Aloysio de Oliveira , então recém-chegado dos Estaduso nidos, onde havia permanecido quase 10 anos em lançar uma nova etiqueta: O Evento. Ex-integrante do grupo Bando da Lua (1929-1955) - o que obrigou a sua permanência nos Estados Unidos durante muitos anos, narrador de documentários e filmes dos estúdios de Walt Disney e, sobretudo, o mais experiente e caprichoso produtor artístico brasileiro.
Uma [Ópera] Jagunça
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de novembro de 1974
Uma [Ópera Jagunça] é a mais feliz e correta definição de "A Noite do Espantalho" (Cine Scala, hoje, 4 sessões, último dia em exibição) um dos mais belos e inteligentes filmes já realizados no Brasil - país onde, infelizmente, dificilmente será compreendido em toda sua dimensão. Sergio Ricardo, 41 anos, 3 longa-metragens, compositor-cineasta-cantor, realizou este filmusical mágico e fantástico consciente dos riscos financeiros do empreendimento (Cr$ 1.108.000,00) e de que apenas uma reduzida faixa de espectadores aceitaria a sua linguagem inovadora.
Otto & o Festival Volante de nosso cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de novembro de 1974
Escolhido para coordenar a produção-executiva as duas mais importantes co-produções Brasil-França em 1975 - o aguardado e já lendário "Polichinelo" de Jean-Gabriel Albicoco e o político "Um animal Desprovido de Razão", de Pierre Kast, o [gaúcho] Otto Engel, 38 anos, ex-Jornal do Brasil, correspondente da Rádio e Televisão Alemão para a América do Sul e produtor de "A Noite do Espantalho" (Cine Scala, 4 sessões diárias) está entusiasmado com o novo projeto: a realização do Festival Volante do Cinema Nacional.
A música de Sérgio Ricardo, um operário - artista em construção
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de outubro de 1974
FASCINANTE gênero musical, a trilha sonora dispõe hoje de um catálogo internacional dos mais expressivos, acrescido à cada mês de novos e importantes títulos - não apenas de produções recentes mas, principalmente, com as músicas dos grandes filmes do passado - num prato dos mais apetitosos aos colecionadores, que são obrigados a recorrer aos (caros) [álbuns] importados, haja [vista] que é tímida a iniciativa de nossas gravadoras em colocarem tais lançamentos ao alcance do público brasileiro.
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A boa estréia de Belini e outros jovens de talento
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de julho de 1974
Pequena mas agressiva em termos de competição no mercado fonográfico brasileiro, a RGE/FERMATA, de São Paulo, fundada em fins dos anos 50 por José Scatena e que teve uma fase dourada, quando Benil Santos foi um dos seus mais ativos produtores, está tentando se manter no mercado brasileiro, enfrentando o poderio das fábricas que dispõe de apoio no exterior. Para tanto, em termos de catálogo nacional, está investindo em novos interpretes e compositores, pois foi assim que em 1968 conseguiu contratar um moço chamado Toquinho que só há poucas semanas pode passar para outra gravadora (Phonogram).
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O Som da Copa
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de junho de 1974
Apesar de todo entusiasmo do brasileiro pelo futebol, em termos musicais (como na literatura ou no cinema), são poucos os exemplos representativos de canções inspiradas no esporte das multidões. Uma fonografia básica não passa de tímidos 20 ou 30 títulos, apesar da aceitação popular pelas gravações que falam dos ídolos do gramado. Agora, a exemplo do que ocorreu em 1970 e, anteriormente, 1966, surgem algumas gravações - compactos ou lps - reunindo músicas relacionadas ao futebol, procurando motivar sonoramente a torcida brasileira que acompanha, nervosa, o nosso selecionado na Alemanha.
O eruditor-popular de Gismonti e a grande ternura de Johnny Alf.
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de março de 1974
"Se Vinícius de Moraes existe tudo é permitido".
(Nelson Rodrigues)
Se não fosse um dos três maiores poetas deste País, excelente compositor e grande amigo, Vinícius de Moraes já estaria na história de nossa MPB pôr um fato: o de ter libertado o compositor da necessidade de boa voz para poder interpretar suas canções. Há dois anos, ao longo de um Shevas o Regal, o poetinha confessava: "Eu comecei a cantar somente para dar as minhas músicas a interpretação que eu achava que elas mereciam. Só por isso..."
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Música Popular
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de março de 1974
"Quando se diz que a bossa nova foi o movimento mais importante verificado em nossa música popular nos últimos anos, o que se leva em conta não é apenas a modificação que ela provocou nos rumos da MPB, mas possibilidade que abriu para que aparecessem alguns dos nossos melhores compositores de todos os tempos. Carlos Lyra, sem duvida nenhuma é um deles. A sua importância não se restringe aos limites da bossa nova; o seu nome, historicamente, é tão importante quanto os mais importantes nomes da música popular brasileira".
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Música popular - Esse tal de João Bosco, um mineiro com talento demais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de janeiro de 1974
"E quando acaba a bala?
É no rala-rala? Faca com faca?
Rapa com rapa?
João, heim!? Tua música já atravessou o riacho.
Mineiro, é cedo para o cansaço da controvérsia a respeito da beleza e da parecença.
Há muito a fazer e tem de ser feito.
O Aldir Blanc está com você, o Paulo Emílio e o Cláudio também.
E o urubu sai voando, baixo, manso".
(Antônio Carlos Jobim)
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Música Popular
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de março de 1974
A riqueza da música popular brasileira, em seu eixo nordestino, desloca-se da Bahia para outros Estados da região, com representavos artistas - desde nomes consagrados - Luiz Gonzaga, de velha geração só recentemente revalorizado, Gerando Vendré, de volta ao lar após alguns anos de Europa - ou jovens como os rapazes da Banda de Pau e Corda ou Marcus Vinícius.
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