Arte de cuidar de gatos neste Natal
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de dezembro de 1989
O Círculo do Livro não poderia fazer uma edição mais apropriada neste mês: "O gato que veio para o Natal", de Cleveland Amory - sucesso nos EUA e cuja primeira edição no Brasil (pela Nórdica) teve também ótima repercussão.
Cleveland Amory parte de uma sugestão. Se você deseja manter um relacionamento com um gato, jamais deve se esquecer de um ingrediente fundamental: o diálogo. Felinos em geral são criaturas sensíveis e especiais que podem achar natural, por exemplo, tomar uma refeição às 3 da madrugada. Em vez de vassouradas, chinelos e outras formas de violência ou indiferença, procure conversar com seu gato, até que vocês cheguem a um acordo.
Com extremo bom humor, Cleveland Amory trata em seu delicioso livro das complexas relações entre um homem e seu gato. Ele ensina, por exemplo, qual a melhor maneira de se dar nome a um gato; descreve a política felina de convivência com seres humanos e outros animais; apresenta a biografia de felinos famosos e o trauma deses animais contra aspiradores de pó e vassouras que desorganizam os ambientes queridos e que deveriam ser imutáveis.
É bom lembrar que Cleveland é um ativo defensor da ecologia, militante da organização "Pro Animal Rights". Entre suas ações ambientalistas destaca-se o célebre episódio em que pintaram de vermelho os filhotes de focas canadenses, a fim de inutilizar comercialmente suas peles para evitar a matança generalizada.
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