A arte inquieta da ativa Beralda
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de abril de 1987
As exposições se multiplicam na cidade. Agora é Beralda Altenfelder, paulista, 26 anos, formada em publicidade e propaganda, que expõe seus desenhos no Museu Guido Viaro (até o dia 3 de maio).
Nome promissor da nova safra, Beralda tem buscado seu espaço em vários salões. O crítico Olívio Tavares de Araújo, diz que já se deparou com suas criações em três salões de cujos júris fez parte.
- "Em todos ela se impôs, de um saiu premiada".
Aliás, é impressionante e significativa a quantidade de prêmios e menções que arrebatou em sua curta carreira - iniciada há apenas três anos.
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Beralda, que, em Curitiba, teve o apoio de sua amiga Leila Pugnolli para divulgar seu trabalho, não deixa passar oportunidade para mostrar seus trabalhos. Olívio Araújo, enaltece a "incisividade, o vigor, dentro de uma proposta consciente mas não pretensiosa".
- "Vejo o trabalho e conversando com a jovem artista, torna-se evidente que ela é um caso de criação compulsiva, que faz, através da arte, o exorcismo de seus demônios pessoais".
Beralda escolhe uma linguagem expressionista, "filha daquele expressionismo que sempre serviu, ao longo da história da arte, aos momentos mais dramáticos", ainda citando Olívio Tavares de Araújo, que vê em seus gestos nervosos, suas cores densas, "a angústia existente em alguns desses grandes rostos em que ela insiste em concentra sua (e nossa) atenção".
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