Artigo em 10.09.1974
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de setembro de 1974
Sem a participação de nenhum filme do Paraná - o que prova que apesar de toda a euforia do super 8 os nossos jovens cineastas não estão levando adiante os seus projetos -, iniciou ontem, em Salvador, a III Jornada Brasileira de Curta Metragem, com 85 filmes inscritos nas diversas bitolas (super 8, 16 e 35 mm), sendo 33 de São Paulo, 27 da Guanabara, 12 da Bahia, 10 de Pernambuco, um do Pará e 2 de Brasília. Organizado pelo cineasta e professor Guido Araujo, a mostra - hoje de prestígio nacional e real importância cultura, é uma demonstração da boa organização e economia: a Universidade Federal da Bahia liberou apenas uma verba de 10 mil, e para poder fazer frente às diversas despesas Guido teve ajuda da Bahiatursa e do Goethe Institut. Na primeira jornada, em 1972, incluindo apenas realizações baianas, houve 12 filmes inscritos, enquanto que na segunda, no ano passado - e na qual o cineasta Elimar Szaviesky participou representando o Paraná - foram 33 os concorrentes. Este ano, devido ao interesse que a promoção despertou em todo o país, houve uma abertura nacional, dentro da temática: "O Homem e o seu meio Ambiente". Paralelamente a Jornada - que se estenderá até o dia 14 - haverá uma série de mostras informativas: documentários internacionais, cinema primitivo brasileiro (O Ciclo de Recife), documentários brasileiros e primeira exibição de filmes patrocinados pelo DAC/MEC.
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