Brasil
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de julho de 1980
Junho já se foi, mas registramos ainda 2 elepês lançados no mês passado, como tentativa de resistência da chamada << música junina >>, cada vez mais esquecida. Em << Quadrilha ao Vivo >> (Uirapuru/CBS), produção de Abdias, temos no lado A, deliciosos textos de Matias, a propósito da tradição popular, enquanto no lado B, após um texto de D. Matias (<< Grande Túnel >>), seguem-se << Engole Cobra >> (Rosil Cavalcante), << Remunho >> (Manoel Serafim/-Paulo Duarte), << Zabelê >> (Rosl/Manoel Serafim), << É Hoje >> (Niquinho/Otnon Russo) e << Baixo >> de Prata >> (Sebastião Rodrigues).
A mais conhecida dupla da música rural, no Brasil, os veteranos Tônico e Tinoco, também decidiram fazer um elepê junino. E em << Arraia do Feijão Queimado >> (Chantecler, 2-11-405-293), incluiu deliciosos arrasta-pé como << Feijão Queimado >> (Raul Torres-José Reilli), << Quadrilha no Terreiro >>, << Noite de São João >>, << Quadrilha no Galpão >>, da própria dupla, afora o << Balançê, Balancê >> (Lacerda/Agnaldo dos Coringas). Pau-de-Sebo é uma expressão que, nos meios musicais, define o disco reunindo vários intérpretes, para ver os que se destacam e merece álbuns individuais e maior promoção. << O Fino do Pau-de-Sebo >> (Chantecler) e em seu volume 8, não chega, a ser um disco junino, mas traz algumas faixas interessantes, para quem sabe ver/ouvir nossa música de raízes, sem preconceitos.
FOTO LEGENDA 1- Arraia do Feijão queimado Tônico e Tinoco
FOTO LEGENDA 2- Quadrilha ao vivo
Ao vivo
Caminho da roça
Caramujo
Grande << X >>
Grande túnel
Engole cobra
Redemunho
Zabelê
É hoje
Baixo de prata
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