A cidade & os congressos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de outubro de 1974
A [inexistência] de um centro de convenções ou ao menos um auditório de grandes proporções já fez que Curitiba deixasse de sediar, nos [próximos] meses, nada menos que quatro grandes congressos nacionais, que trariam alguns milhões de cruzeiros para a hotelaria, restaurantes comércio etc. de nossa cidade, tão carente de que os turistas e visitantes ocasionais prolonguem sua estada entre nós. Munido de argumentos sólidos o advogado David Racim, executivo do Bamerindus Turismo, junto com Luiz Antonio Vieira, diretor do grupo Bamerindus, terá nos próximos dias nova [audiência] com o prefeito de Curitiba, procurando [sensibilizá-lo] da [importância] de que a cidade tenha, a curto prazo, um centro de convenções, com capacidade mínima de 1.500 lugares.
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Considerado obsoleto antes mesmo de sua inauguração, o pequeno centro de convenções previsto para o Parque Barigui não tem condições de sediar congressos de [nível] nacional e os executivos dos setores interessados principalmente hotelaria, vêem com preocupação a demora que haverá para a construção do futuro conjunto de grandes edifícios na Praça Rui Barbosa (aumentada com a [saída] da unidade militar ali existente)[.] Assim, existe uma justa preocupação de que seja [encontrada] uma solução a curto prazo, já que mesmo com a inauguração do auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, isto não representa uma solução: afinal será uma sala de espetáculos, e não um local apropriado para reuniões sem a infra-estrutura necessária.
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o Parque Anhembi, do empresário Caio de Ancantara Machado, em São Paulo já está praticamente ocupado até 1980, com feiras e convenções internacionais e com isto muitos encontros que poderiam ser realizados no Brasil estão sendo transferido para Buenos Aires e outras capitais latino-americanas. Fortaleza [constrói] um centro de convenções, mas na opinião dos expertes do setor, Curitiba há apenas 400 Km de São Paulo tem condições de atrair ao menos 50% desdes encontros internacionais, além de motivar também a vinda de congressos nacionais. O que garantirá uma rotatividade aos 6.500 apartamentos que os modernos [hotéis] estão oferecendo e que correm o risco de permanecerem ociossos durante 9 meses por ano, se algo não for feito em breve. Objetivamente e sem sonhos futuristas.
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