Cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de janeiro de 1973
Enquanto nenhum importante encoraja-se a adquirir os direitos para o Brasil de << O Encanto Discreto da Burguesia >> (escolhido pela Associação Nacional dos Críticos Norte-Americanos como o melhor filme de 1972), os fãs de Luís Buñnuel (foto) - também escolhido pelos críticos americanos como o diretor do ano (passado) - podem rever um de seus poucos filmes de grande aceitação popular: << A Bela da tarde >> (cine Opera_. Exemplo de cinestas maldito, com uma obra imensa e respeitabilíssima a partir de 1930, quando realizou o filme-marco do Surrealistas - << L`Age d`or >>, o espanhol Buñnuel tem filmado na Europa, Estados Unidos e México, alterando-se em diversos gêneros, mas sempre fiel aos seus princípios, a uma linha ideológica da qual em nenhum momento afastou-se. Muitos de seus filmes rodados no México, nas décadas de 40 e 50, foram exibidos em nosso País no meio dos dramalhões da Pelmex, somente reconhecidos por uma minoria da aficcionados de sua obra. Assim estão os filmes << El Gran Cavalera >> (1949), << Los Olvidados >> (1950), << Lá Hija del engaño >> (1951), << El Bruto >> (1952) << Abismo de Pasion >> (1953, uma versão modernizada de << O Morro dos Ventos Uivantes >>, de Emily Bronté), << Ensayo de um crimen >> (1955, << A Vida criminosa de Archibaldo de la Cruz >>). Da fase mexicana, << Nazarin >>, rodado em 1958 e premiado no Festival de Cannes de 1959, não chegou a ser lançado no Brasil: agora, animado pela aceitação obtida com os últimos filmes de Buñnuel, o cineasta David Neves importou uma cópia, para lança-la no Cinema 1, na Guanabara, ainda este ano.
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