Como era a PM há meio século
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de junho de 1980
Qual era a força militar do Paraná em 1924? Excluídos os efeitos do Exército, a << Força Policial Militar >> - hoje a PMEP - chegava a um efeito de 686 homens - mostrando inclusive um decréscimo em relação aos anos anteriores. Na virada do século, havia um efeito de 475 homens, que, em 1913, chegou ao número máximo - 870 homens, descrendo nos 9 anos seguintes. Esses números incluam soldados, cabos sargentos e oficiais do Estado Maior, Infantaria, Cavalaria e Bombeiros. No relatório do comandante da Força Militar, major João Monteiro do Rosário, englobadono relatório global que o secretário geral Alcides Munhoz apresentou ao governador Caetano Munhoz da Rocha, em 1924, era relacionado todo o armamento que dispunha o efetivo. Ná área da Cavalaria, a Força possuía 118 cavalos, uma égua e 60 muares, << sendo que destes 30 foram adquiridos ultimamente por ordem do Governo do Estado >>. Em compensação havia apenas 25 arreios para montaria de oficiais e 74 para praças no esquadrão de Cavalaria e, em seu relatório, o major Rosário apelava: << Seria de grande vantagem a sua substituição completa, adquirindo o Governo do Estado arreiamentos de tipo mais aperfeiçoados em número suficiente e que além disso, satisfaçam todas as exigências da campanha >>.
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A chefia do serviço veterinário era ocupada pelo << ilustre veterinário sr., primeiro-tenente Aristides de Souza Athayde >> - tronco de uma família de vários oficiais que chegaram ao generalato e que até hoje mantém o mesmo nome. O elogio ao então jovem tenente Athayde era grande: << São excelentes os frutos colhidos durante a sua chefia , visto ser um profissional trabalhador muito devotado, entregando-se ao seu mister com verdadeiro carinhos, procurando sempre melhorar o estado dos animais, tornando-lhes o menos penoso possível o sofrer quando se enfermam". Em 1924, o << então doutorado Aramys Taborda de Athayde >> foi contratado << para servir como médico da Força, com honras e vantagens de primeiro-tenente, põe espaço de um ano, a contar de 13 de julho >>. A explicação da contratação vinha a seguir: << Motivou o ato do Governo e mobilização de um batalhão, posto à disposição do Ministério da Guerra para operar contra os sediciosos. É de se salientar, com desvanecimento, a patriótica resolução deste jovem distinto, digno brasileiro que é, deixando seus estudos já no fim do curso, para a árdua tarefa de um labutar penoso, a que não estava affeito, pondo em jogo vida e aspirações no ideal de nobilíssima causa >>. O chefe do serviço médico era o major José Guilherme de Loyola e que tinha como auxiliar o dr. Coriolano Silveira da Motta. O serviço odontológico tinha a direção << do competente capitão dentista, Júlio Antônio Xavier, que também prestou, com a maior solicitude, os seus serviços, diversas vezes aos detentos da Penitenciária do Estado >>.
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O custo de vida, em 24, já fazia com que o major João Monteiro do Rosário fizesse um apelo ao governador através do secretário Alcides Munhoz: << Por Decreto n.º 1.153, de 2 de outubro de 1924, foi concedida mais uma etapa no valor de 1$800aos inferiores, cabos e praças, o que muito lhes minorou as dificuldades que vinham atravessando com a carestia da vida. Tomou a liberdade de pedir a V. Excelência que se digna envidar seus bons ofícios junto ao Exmo. Sr. Presidente, tão bem inspirado quando cogitou do aumento para os modestos servidores de seu Governo, para que, sendo possível, também sejam mais aquinhoados os oficiais, que continuam com os mesmos vencimentos e sujeitos, portanto, a premência decorrente desse fato na carestia atual >>.
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