Falta azul para o arco-íris do PMDB
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de agosto de 1986
Mais uma dor de cabeça para o comitê central de divulgação do PMDB: está faltando tinta azul, na coloração com que o partido governista vem usando nas milhares de placas com propaganda de seus candidatos. Assim, a solução está na substituição desta tinta - por sinal, importada - por um azul um pouco mais claro, o que será visto já nas novas placas que o partido continua a espalhar pelo Estado.
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As oficinas de pinturas de placas e faixas nunca faturaram tanto. São milhares de encomendas desde painéis imensos até miniplaquetas para os chamados "cazuzas" (pessoas que saem às ruas fazendo propaganda volante), para candidados à Assembléia, Câmara, Senado e, naturalmente, para o governo do Estado. Quem mais gasta, naturalmente, é o partido do governo, mas também candidatos de outras siglas estão investindo nesta fora de comunicação - que, afinal, é mais econômica e prática.
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Excluído da chapa dos candidatos do PMDB à Assembléia Legislativa, Luis Oliveira Mello não concordou, até agora, em ceder as dezenas de bem localizados muros que havia conseguido (graças ao prestígio de sua família) para propaganda autorizada de seu nome, para outros candidatos. Em todos eles, o Gordo Mello - como é afetuosamente conhecido - mandou tirar a inscrição "para deputado estuadual", mas mantém o seu nome e acrescentou uma ameaça aos seus oponentes políticos: "Volto logo". Cosnta que se o Gordo Mello quisesse negociar estes espaços, engordaria sua já robusta conta bancária com mais de Cz$ 2 milhões. Ou seja, transferindo apenas o direito de uso de ocupação de muros - em propriedades de seus amigos. Mas, até o momento, não quis usar este expediente.
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