Mesmo demitido, Joaquim ainda continua no PMDB
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de junho de 1986
Apesar de ter sido demitido da Secretaria Municipal da Administração pelo prefeito Roberto Requião, o sr. Joaquim Macalossi continua fiel ao PMDB. A propósito da notícia aqui publicada (18/6/86), em que comentamos sua irada carta-desabafo publicada na "coluna livre" do último boletim da Associação dos Servidores do Município de Curitiba, Macalossi escreveu carta a O Estado, fazendo alguns reparos ao item final da informação de que teria havido sondagens de outros partidos - PDT e PDS - em torno de sua pessoa.
Macalossi diz: "Não fomos sondados por qualquer partido político. A menção, por exemplo, a convite que teria sido feito pelo PDS, tem o intuito inequívoco de nos prejudicar. A nossa política é de há muito de todos conhecida, como militante do PMDB.
Já em relação à observação de que Macalossi estaria disposto a apoiar candidatos oposicionistas a Requião, diz que "a versão é inverídica, pois se não fomos procurados por ninguém, é evidente que não praticamos a manifestação anti-Requião como maldosamente quer fazer crer o jornal".
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Feito o registro de Joaquim Macalossi, apenas um reparo: não precisava em sua carta invocar a Lei da Imprensa - pois sempre demos cobertura aos esclarecimentos feitos a qualquer registro em nossa coluna. E com relação ao fato de que ele não foi procurado por nenhum outro partido político - e que continua no PMDB - tudo bem. Afinal, pelo visto, o seu potencial de votos não deve ser assim tão significativo para levar a oposição a buscar o seu apoio.
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Liliam Wachowicz, ex-superintendente da Fundepar - função na qual se notabilizou por muitas demissões de funcionários daquela Fundação - é candidata a deputada estadual. Já começou a discutir sua plataforma de trabalho, acompanhada de uma carta destinada basicamente aos professores e na qual afirma que "os custos de uma campanha limpa e articulada para a organização popular não são tão altos como se divulga por si. Impressos, adesivos, placas, malas-diretas e camisetas são recursos necessários sugeridos pela teoria da comunicação. Mas a contratação de cabos eleitorais, a montagem de esquemas para prestação de serviços, o tráfico de influências e o ágio nos imensos mercados de interesses que se formam nos anos eleitorais, são "técnicas" que negam tudo o que dissemos a respeito da democracia e de educação. A recusa dessas "técnicas" pode ser fatal para uma candidatura mas como professores devemos apostas na inteligência do povo" (sic).
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