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Aramis

Folclore Acadêmico

Um irreverente advogado, que marcou época em seus tempos de acadêmico na Universidade Federal do Paraná, esta recolhendo as mais deliciosas estórias da septuagenária escola – afinal ela foi criada (junto com as de Medicina e Engenharia) em 1912 – para um livro com o “folclore universitário” – destinado a ser best-seller e obra polêmica, ao mesmo tempo. Muitas estórias serão em torno do medico, psiquiatra e professor Napoleão Lyrio Teixeira, já falecido – homem dos mais vem humorados e estimados, que caracterizava suas aulas por atituades inusitadas e sempre com muita verve.   xxx   Uma manhã, em sua aula de Medicina Legal, o professor Napoleão começou falando sobre costumes sexuais de uma distante tribo da Nova Zelândia. Depois, fazendo desenhos no quadro negro, passou a referir a características dos homens de uma tribo do Congo Belga (hoje, a República Popular do Congo), que impressionavam pelo tamanho dos órgãos sexuais. Uma jovem aluna – moca de sobrenome ilustre, sentada na primeira fila, foi se chocando com as explanações do professor e, num dado momento recolheu cadernos e livros e deixou a sala. Quando se preparava para abrir a porta, o professor Teixeira – impertubável até então, gritou: - Um momento, senhorita! Não se apresse! O próximo avião para a África só sairá na próxima semana.   xxx   Em outra aula, o mesmo professor Teixeira falava sobre símbolos sexuais. Didadicamente, expunha as teorias do fetichismo e depois passou a relacionar reações provocadas por determinadas cores em trajes íntimos. Um aluno, por sinal já casado e hoje nome famoso nos meios políticos do Paraná, assistia embevecido as explicações do mestre. Quando Napoleão falou com detalhes sobre o fato de determinados homens só se excitarem com certas cores, o circunspecto aluno não se conteve e, aos gritos, se pôs a repetir – para que todos ouvisse: - Preto, professor. Preto, tem que ser preto!   xxx   Através da coluna, o advogado que pretende publicar seu “folclore acadêmico” faz um apelo aos ex-alunos de nossa Universidade Federal, hoje espalhados em todos os cantos: enviem (através de O ESTADO)  as estórias que conhecem. As publicáveis divulgaremos aqui antecipadamente. As mais cabeludas ficarão para o livro.       
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
20/02/1982

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