A "Gráfica" curitibana vai cada vez mais longe
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de abril de 1990
Mirandinha em sua "Gráfica", cada vez mais internacional, continua a deslumbrar com a revelação - para os não familiarizados ao mundo gráfico de trabalhos notáveis de tanta gente de talento. O número 27, circulando há duas semanas, tem capa e mais onze páginas em louvor a Gonzalo Carcamo. O texto de Nássara, veterano desenhista, pouco informa sobre Carcamo, mas as ilustrações que Miran selecionou falam por si. Está sem dúvida, no time de ouro dos melhores desenhistas da atualidade, como diz o velho Nássara.
Outro homenageado é Carlos Clemen, 48 anos, um argentino que chegou ao Brasil em 1971, apresentado por Aguinaldo Farias como "um artista cuja singularidade do conjunto reside na tensão dialética ante os dois campos que ele incorpora. Como pintor de nítida raiz expressionista, sua obra consiste no tratamento tenso, pulsional, de imagens retiradas de outdoors, quadrinhos, fotografia, televisão, etc., ou seja, recolhe do universo de comunicação de massa as figuras que ele veicula para posteriormente acrescentar o seu comentário pessoal".
Para ilustrar a arte de Clemen, Miran escolheu, entre outros trabalhos, as capas que ele tem criado para a editora Maz Limonad e as covers do "Folhetim" da "Folha de São Paulo", além de fascinantes desenhos em preto e branco.
Outra atração especial neste número de "Gráfica" são as nove páginas dedicadas as marcas e logotipos com excelentes exemplos.
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