Miran, o grafista vai agora para Porto Rico
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de junho de 1986
Aos 37 anos, Oswaldo Miranda - o Miran - é um homem tranquilo em termos profissionais. Reconhecido como um dos mais criativos artístas gráficos do Brasil tem seus trabalhos requisitados, a preços que lhe dão uma estabilidade financeira - pelas maiores agências do País. Sua revista "Gráfica" tem recebido elogios internacionais tal o padrão de qualidade.
Correspondendo-se com os grandes nomes do grafismo e designer, frutos de uma colaboração em publicações internacionais (como a "Graphis") e de viagens a Nova Iorque, Miran acaba de ter um novo convite importante para o seu curriculum: a Society of Publications Designers of New York o incluiu como um dos três "mestres da editoria" para a conveção mundial que patrocinará em Porto Rico.
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Desde que começou sua carreira - lá pelo início dos anos 60, no estúdio Gripo, que Zeno José Otto e Nilson Muller mantinham no 17º andar do edifício Barão do Rio Branco - Mirandinha sempre impressionava pela qualidade de seus trabalhos. Hoje é um dos profissionais mais premiados, citados e solicitados internacionalmente. Tem participado da criação de memoráveis campanhas ou de simples anúncios que enriquece com sua arte, mas é na editoração gráfica que se sente mais realizado. Assim, desde 1984, por sua conta e risco, edita uma publicação de nível altíssimo, disputada por profissionais da comunicação e colecionadores - a revista "Gráfica", editada e impressa inteiramente em Curitiba, no mesmo nível das tradicionais revistas especializadas dos Estados Unidos e Europa.
Só há um problema com a "Gráfica": a dificuldade de conseguir exemplares. De tiragem reduzida, distribuída a privilegiados assinantes, é tão difícil colocar os olhos nesta revista como encontrar Miran - que raramente sai de sua mansão-atelier, onde divide o tempo entre as criações gráficas e a visão de dois a três filmes (sempre em teipe) por dia, pois o cinema é a sua maior paixão. E desde que chegou a era do vídeo-teipe (tem três aparelhos importados) nunca mais foi visto numa sala de exibição convencional.
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Falando de gente talentosa, eis mais um registro: Carlos Roberto Cheiri, profissional de propaganda e marketing que por muito tempo trabalhou no Paraná (Exclam) - é hoje o gerente de marketing do Lloyds Bank e autor de um dos capítulos de "Exportações - O Desafio Externo" (Edição Ano Econômico/Zero Hora, Porto Alegre, 174 páginas).
Na verdade este volume reúne as participações dos maiores especialistas em marketing e exportação que, a convite da "Zero Hora" participaram do IV Seminário sobre Exportações no Rio Grande do Sul (Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre, 22 a 24 de outubro de 1985). Ali, Chueiri apresentou uma comunicação sobre a exportação e ao marketing.
Neste mesmo volume está também o trabalho do sr. Yasufico Saito, gerente de financiamento para o comércio do Lloyds Bank, que amanhã estará em Curitiba, realizando palestra no Slaviero Hotel. Trata-se de uma promoção do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros - secção do Paraná, que já trouxe a Curitiba os ministros Dilson Funaro, o ex-ministro Mário Henrique Simonsen e o economista Francisco Lopes, entre outros.
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