Livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de fevereiro de 1974
Enquanto o maçudo "A Pedra do Reino" continua a ser analisado e discutido - como uma das mais importantes obras da literatura brasileira nestes últimos anos - a José Olympio reúne duas peças de Ariano Suassuna num volume da sua coleção Sagarana. "O Santo e a Porca" e "O Casamento Suspeito" são duas mostras vigorosas do talento teatral do pernambucano Suassuna, consagrado mundialmente com seu "Auto da Compadecida", levado ao cinema, há quase 10 anos, por Jorge Jonas - num dos mais líricos e belos filmes da última década. A peça "O Santo e a Porca", adjetivada de "Imitações Nordestinas de Plauto", foi montada pela primeira vez no Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina, em 1948, pelo Teatro Cacilda Becker, sob a direção de Ziembinski, com Cleyde Yaconis, Cacilda, Ziembinski, Fredi Kleeman, Jorge Chaia, Rubens Teixeira e Kleber Macedo. Já "O Casamento Suspeito" estreou a 6 de janeiro de 1958, no Teatro Bela Vista em São Paulo, pela Companhia Nydia Licia-Sérgio Cardoso, sob direção de Hermínio Borba Filho, com cenários e figurinos de Carmélio Cruz, com o seguinte elenco: Sérgio Cardoso, Marina Freire, Raimundo Duprat, Carlos Zara, Vanda Kosmos e Sidnéia Rossi. Na bela edição da José Olympio, volume 105 da Coleção Sagarana, as ilustrações são de Zélia Suassuna, com capa de Eugênio Hirsch. Além da nota bibliográfica, também uma relação dos livros publicados de Suassuna, 146 páginas, 1974.
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