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Ao lançar a 3ª edição brasileira de "A Origem da Família, da Prosperidade Privada e do Estado", a Civilização Brasileira deixa que o próprio Engels apresente esta polêmica obra. No prefácio que escreveu para a quarta edição inglesa (Londres, 16 de junho de 1891) dizia: "Até 1860, não se poderia sequer pensar em uma história da família. As ciências históricas ainda se achavam, nesse domínio, sob a influência dos Cinco Livros de Moisés. A forma nesses cinco livros com maior riqueza de minúcias do que em qualquer outro lugar, não somente era admitida, sem reservas, como a mais antiga, como também se identificava - descontando a poligamia - com a família burguesa de hoje, de modo que era como se a família não tivesse evolução alguma através da História. No máximo admitia-se que nos tempos primitivos pudesse ter havido um período de promiscuidade sexual. É certo que, além da monogamia, conheciam-se a poligamia no Oriente e a poliandria na Índia e no Tibete; mas estas três formas não podiam ser dispostas historicamente, em ordem sucessiva: figuravam juntas, uma ao lado das outras, sem nenhuma conexão. Também é verdade que, em alguns povos do mundo antigo e algumas tribos selvagens ainda existentes, a descendência é contada por linha materna e não paterna, sendo aquela a única válida, e que, em muitos povos contemporâneos, é proibido o casamento dentro de determinados grupos, maiores ou menores - naquela época ainda não estudados de perto, ocorrendo este fenômeno em todas as partes do mundo; estes fatos, certamente, eram conhecidos, e a cada dia a eles se acrescentavam novos exemplos". E mais adiante depois de anunciar que os trabalhos do cientista norte-americano Lewis Henry Morgan constituíam a base de seu livro diz Engels: "O descobrimento da primitiva gens de direito paterno dos povos civilizados, tem, para a história primitiva, a mesma importância que a teoria da evolução de Darwin para a biologia e a teoria da mais valia, enunciada por Marx, para a economia política. Esta descoberta permitiu a Morgan esboçar, pela primeira vez, uma história da família, onde pelo menos as fases clássicas da sua evolução, em linhas gerais, são provisoriamente estabelecidas, tanto quanto o permitem os dados atuais. Evidentemente, iniciou-se uma nova era no estudo da pré-história". "A Origem da Família, da Propriedade e do Estado" é uma obra do estudo das Ciências Sociais, já que estende a filosofia de Marx à pré-história social e analisa a formação e a institucionalização da família em consonância com o aparecimento do Estado Capitalista Moderno, 214 páginas, volume 99 da Coleção "Perspectivas do Homem", tradução de Leandro Konder, Civilização Brasileira, 1974. Outro lançamento para estudantes de ciências sociais e econômicas é "Doutrina Canonista" de Rudolf Skandera (Fundação Getúlio Vargas, 1973) "uma exploração em profundidade dos fundamentos culturais de nossas instituições sociais e econômicas". Skandera apresenta neste livro a evolução do pensamento econômico, assim como dos princípios morais que governavam as atividades e relações econômicas de forma a esclarecer como surgiram e desenvolveram-se conceitos como o de lucro relacionado ou de instituições como a empresa moderna entidade independente do empresário e dos seus próprios meios naturais de sustento.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
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27/01/1974

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