LIVRO
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de fevereiro de 1973
"Dentro do poético lirismo de um Dyan, da significância social de um Lennon ou um MacCartney, da ternura de um Simon & Garfunkel e da inteligência espiritual de um Kahlu Gibran, reside a música de Seal & Crofts". Com esta pretensiosa apresentação, a Continental lança uma nova dupla, que após um primeiro compacto ganha um lp ("Summer Beeze", Wagner Brothers-Continental, 5.026, dezembro-72), onde mostra suas difíceis e desusadas harmonias "tecendo mutuamente quase um paternalismo oriental". Jim Seals (usando sempre um boné) (foto) e Dash Crofts substituem a estridente guitarra elétrica por um novo instrumento - o bandolim, que se diferencia de uma letra do instrumento de Jacob Bittencourt, mas que tem um som bastante diferente, embora também suave. A dupla é de Texas, onde Seals tocava sax tenor e Crofts piano e bateria. Conheceram-se no ginásio, foram para a Califórnia em 1958 e entraram para um grupo de rock, o "Champs", cujo grande sucesso foi "Tequila" (6 milhões de copias vendidas). Durante 7 anos estiveram com grupos diferentes, prazo em que se tornaram integrantes da crença Baha'l - e a influencia oriental-religiosa sente-se na suavidade de suas canções. Bahaúllah - codificador da crença - declarou há um século que as artes e ciências unificariam o Este e o Oeste. Sem pretenderem ser líderes, Seals & Crofts oferecem em seu álbum, musicas repletas de paz de amplo significado e, o que é importante, em arranjos tranqüilos: "The Euphrates", "The Boy Down the Road". "Say", "Hummingbird" "Yellow Dirt" etc. Um álbum jovem que pode interessar também aos mais idosos, principalmente os Baha'l, como o publicitário Osmar, da McKam Erikson no Paraná.
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