New Age, relaxante...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de março de 1989
A música new age entrou no mercado brasileiro, conquistando uma faixa que tende a se ampliar. Lenta e gradualmente, já que aos poucos é que uma faixa refinada do público vai entendendo este som suave, reflexivo e profundamente relaxante. O programa da jornalista Mirna Grzich, inicialmente na Eldorado-FM, em São Paulo, mas agora crescendo nacionalmente, ajuda, sem dúvida, a sua divulgação e a Polygram, WEA e especialmente o Estúdio Eldorado têm feito edições importantes.
No Eldorado, pela própria ligação com Mirna, estão os trabalhos mais independentes, de pequenas etiquetas especializadas, especialmente da Califórnia. É o caso da edição de "Novus Magnificat", com Constance Denby, pianista de formação erudita, mas que evoluindo para instrumentos orientais encontrou na new age o seu caminho, chegando a ter um moderníssimo estúdio, no qual uma imensa diversificação de teclados produz trabalhos como este "Through the Stargate". Informa Mirna Grzich que Constance está ligada à new age desde o seu início. "Ela perpetuamente é pioneira, aumentando o recorde - seja construindo seus próprios instrumentos, procurando seu próprio som, buscando sua própria audiência."
Enquanto sua popularidade cresce, sua música internacionaliza-se ("Novus Magnificat", por exemplo, é sucesso no Japão). Ela é dura, determinada, sem paixões, "mas ao mesmo tempo extravagante, experimental e profundamente engajada" em sua música. "Ela diz o que está no seu coração, na sua cabeça" sintetiza Mirna, definindo Magnificat com um Exaltate contemporâneo, para orquestra digital e coro, enriquecido com imagens eletrônicas e efeitos especiais pelo sintetista de Los Angeles, Michael Sterns. Uma música para reflexão e pensamento. Que faz bem.
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