No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de outubro de 1986
Com uma ampla programação cutural a Alliance Française de Curitiba está comemorando a inauguração de sua nova sede - um prédio de 3 andares na Prudente de Morais, 1101. Já houve palestras do professor Jean-Remy Julien, da Sorbonne, sobre a canção política na França, exibição de dois filmes inéditos no Brasil ("Ruse Cases Negres", e 3, da cineasta da Martinica, Euzhan Paley e "Interdit aux Moins de 13 Ans", 83, de Jean-Louis Bertucceli) e hoje, no Teatro 13 de Maio, volta a ser apresentado o espetáculo "La Nuit de L'Absurde", com o grupo amador da Aliança Francesa.
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"La Nuit de L'Absurde" foi encenada em 1985, com direção de Marcelo Marchioro, reunindo textos de Eugène Ionesco, Jean Tardieu, Boris Vian e Jean-Michel Ribes. Devido seu êxito volta a ter mais 3 apresentações, neste final de semana.
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No Paiol, quarta-feira, 15, será a atriz francesa Dominique Paquet que apresentará "Colette, Dame Seule", livremente inspirada na romancista Colette.
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Na próxima semana, de 17 a 19, novamente no Teatro da Classe, Marchioro estréia novo trabalho com os meninos da Aliança: "Classe Terminale", de René de Obaldia, poça moderna e que discute a liberdade do ser humano.
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Showman de muita comunicação mas ainda pouco conhecido no Brasil, Leo Robinson faz hoje à noite uma apresentação no Clube Curitibano. Consta que já gravou vários elepês (mas nenhum editado no Brasil) e, entre outros, trabalhou com Quincy Jones, B.B. King, Sammy Davis Jr., Procol Harum, Earth, Wind & Fire, Rick Wakeman, Sly and Family Stone, Jimmy Smith e outros. A verificar.
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Dentro do esquema de grandes shows, o Curitibano também contratou a elétrica Elba Ramalho para o baile do próximo dia 31 de outubro. Originalmente, a idéia era trazer o show de Antônio Carlos Jobim & amigos, mas como este espetáculo tem um calendário internacional, não houve condições de acerto.
Fora do Rio e São Paulo, até agora Jobim & seus amigos só estiveram no Hotel Lajes de Pedra, em abril último. O preço na época era de Cz$ 250 mil. Agora, por menos de Cz$ 600 mil, o empresário Carlos Alberto Sion nem discute.
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Tom Jobim nunca esteve em Curitiba. Várias tentativas foram feitas mas até hoje não houve nenhuma proposta à altura de suas justas exigências.
Em compensação, o que tem se gasto em mediocridades para fazerem discutíveis apresentações por aqui nem está no gibi.
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