No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de maio de 1989
Organização é isto: em apenas 10 dias, Fernando Severo fez todas as filmagens - externas e internas - de "Longas Sombras no Fim da Tarde", com locations em Morretes, Ilha do Mel e Antonina. Segunda-feira, 1º, fez os últimos takes com o ator José Rubens Siqueira, em seqüências rodadas na sede do Sindicato dos Artistas e Profissionais em Espetáculos no Paraná.
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Uma eficiente equipe de onze pessoas e facilidade de trabalhar com um único ator - o experiente José Rubens, também cineasta, contribuíram para que as filmagens pudessem ser feitas tão rapidamente. Agora, com os copiões nas mãos (os primeiros 40 dos 90 minutos rodados chegaram na quarta-feira, 3), Severo tranca-se defronte a moviola do Museu da Imagem e do Som, e começa a montar o filme, reduzindo todo o material rodado para 14 minutos. Mesmo que fique pronto a tempo, não vai inscrevê-lo no Rio-Cine Festival (agosto), preferindo o Festival de Brasília. Afinal, no ano passado, ali obteve todos os prêmios na categoria de 16mm, com "O Mundo Perdido de Kozak", num total de Ncz$ 1.500,00 que, bem aplicados, ajudou a pagar seu novo filme.
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Quem começa a rodar na próxima semana o seu primeiro curta é Fernando Morini, que convidou gente premiada em vídeo para ajudá-la em sua ficção sobre a loira fantasma: Heloísa Passos, que venceu o setor de vídeo no Salão Curitiba Arte V, com seu documentário sobre Miguel Bakun e Carlos Henrique Túlio, menção honrosa na mesma promoção, com "Vibrações". Os dois, entusiasmados, vão interromper projetos pessoais para o auxiliarem a fazer também rapidamente seu curta. É uma nova geração de realizadores, honestos, sem vícios e pecados de falsos cineastas que por aqui existem, que começa a oxigenar o ambiente. Ainda bem!
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O jornalista Oriovaldo Madureira deixou a assessoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná - no qual editava uma boa revista mensal - e duplicou suas atividades. Pela empresa que criou, a Ormad Empreendimentos, está editando "A Cegonha", house-organ do Expresso Sul Brasil. E, como pessoa física, é o novo diretor de Indústria e Comércio da Prefeitura de São José dos Pinhais.
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Novos produtos na praça: o próprio Consulado Geral da Polônia está dando o aval para que a Cinter International Brands apresente, durante coquetel em sua sede (avenida Agostinho Leão Jr., 234), no dia 10, "um produto genuinamente polonês, que será o primeiro e único a ser comercializado no Brasil (sic). Já Ricard, aperitivo de anis, "uma das bebidas mais vendidas no mundo", começa a ter seu marketing de lançamento: foi servido aos 500 convidados na abertura do Salão Curitiba Arte V, e, na noite de quinta-feira, no Country Clube, teve apresentação formal a vários segmentos de consumidores.
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O dinamismo de Mai Nascimento Mendonça, na diretoria do Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, garante que a série "Memória de Vida" - editada sempre que falece alguma pessoa que deu grande contribuição a cidade - seja agilizada. Há dois meses, saiu a publicação em homenagem ao jornalista Renato Munis Ribas. Agora, circula a Memória de Vida de Rodolpho Doubek (1906-1989), cartógrafo, litógrafo, colecionador entre outras atividades, um homem que por 82 anos amou Curitiba e sua gente, "deixando para a cidade um legado de gigantescas proporções" - como diz, em emotivo texto, Mai, que teve, como jornalista e pesquisadora, sempre no Sr. Rodolpho, um grande colaborador para inúmeros eventos promovidos pela Casa da Memória. Os três filhos do Sr. Rodolpho e dona Pequena (Erica Guilhermina Urban Doubek) são o arquiteto Rodolpho Filho, o engenheiro civil Álvaro e o engenheiro elétrico Fábio.
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