A nossa economia (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de setembro de 1978
O produto agrícola brasileiro, totalizando atualmente cerca de 250 bilhões de cruzeiros, é o sétimo maior do mundo. E, num bom ano, o Brasil já se torna o segundo, em termos de exportações agrícolas. Apesar de o País não ser mais oficialmente classificado como "essencialmente agrícola", calcula-se que dois terços das suas exportações se constituem de produtos agrícolas ou seus derivados.
Dentro do quadro agropecuária e silvicultura no levantamento de "quem é quem na economia brasileira" ("Visão", agosto/78, 624 páginas, Cr$ 200,00), a participação de empresas paranaenses melhorou bastante em relação a 1977.
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A Cocamar - Cooperativa dos Cafeicultores de Maringá Ltda., com um patrimônio de Cr$ 158.700.000,00, lucro líquido de Cr$ 46.000.000,00 em 77, ficou em 29º lugar, seguida da Plantec S/A, com patrimônio de Cr$ 157.300.000,00 e lucro de apenas Cr$ 5.000.000,00 no último exercício. Bamerindus S/A - Empreendimentos Florestais, que no ano passado se classificou em 51º , subiu agora para 43º, com patrimônio de Cr$ 125.700.000,00. No quadro das maiores empresas do setor de agricultura, pecuária e silvicultura, se classificaram outras do Paraná: Cacique, Banestado Reflorestadora, Cipari - Genética, Agroflorestal Sulbrasil, Remasa Reflorestadora Madeireiros S/A, Dagranja S/A, Agroindustrial São Roque, José Zancanaro, Técnica Florestal, Florest Florestadora Brasília, etc.
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Outro setor em que o Paraná melhorou a sua performance foi entre as indústrias de cal e cimento. De princípio, a Companhia de Cimento Portland Rio Branco, que em 1977 ficou em 2º lugar, abaixo da Itabira (Espírito Santo) lidera agora a relação, com seu patrimônio de Cr$ 173.500.000,00 e lucro líquido de Cr$ 171.700.000,00 no último exercício. A Itabira caiu para a 5ª classificação. A cimento Itaú do Paraná subiu de 25º para 20º lugar - com patrimônio de Cr$ 262.000.000,00, mas a Itambé, que no ano passado estava em 23º, ficou agora em 24º, com seu patrimônio de Cr$ 234.700.000,00.
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Entre as cerâmicas, a Indústria Cerâmica Paraná S/A manteve a sua posição: com patrimônio de Cr$ 313.700.000,00 continua a ser a 3ª maior do País, abaixo apenas da Brasilit e Eternit. Em compensação, entre as indústrias pesadas é melancólica a posição do Paraná, com raríssimas citações. Por exemplo, no quadro de fábricas de máquinas, motores e equipamentos industriais, só a Brasholanda aparece no distante 99º lugar, com seu patrimônio de Cr$ 61.400.000,00. No ano passado, a Inepar ficou em melhor posição: 81º.
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