O dinheiro do INPS
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de novembro de 1974
Se dispusesse de ma estrutura administrativa perfeita, o Instituto Nacional de Previdência Social poderia, a curto prazo, suprir todo o déficit de atendimento médico do País. Pois dinheiro não falta. Do orçamento de 1973, aproximadamente Cr$ 33 bilhões (ou seja, trinta e três trilhões de cruzeiros antigos), advindos da contribuição de empregados (8%) e empregadores (8%), há um saldo real, em caixa, de Cr$ 6 bilhões. Mas para aplicar (bem) estes recursos, Reinhold Stephanes - primeiro economista a administrar o Instituto desde sua criação quer ter dados corretos na mão, para não haver o risco do dinheiro ser gasto e os problemas continuarem. Mas uma coisa, Reinhold já provou nos 3 meses em que se encontra, naquele cargo: recursos há, o que precisa é haver praticabilidade para solucionar o déficit de atendimento (40%), de médicos (10 mil), desemperrando a máquina burocrática. Assim como recebeu autonomia e prestigiamento do Governo, Reinhold está transferindo esta autonomia aos superintendentes regionais, libertando-se dos pequenos problemas ara poder recuperar o tempo perdido em que o presidente do INPS tinha que passar todo o expediente despachando processos de contratação de médicos, atendentes, enfermeiros e burocratas de Manaus a Porto Alegre. Em 1974, o orçamento do INPS será de Cr$ 43 bilhões (ou seja, é bom lembrar: 43 trilhões de cruzeiros) e este dinheiro vai ser bem aplicado. O serviço médico terá um aumento de 60% - o que considerando a inflação, garantirá ma melhoria de ao menos 30%, reduzindo o déficit no atendimento de 40% a apenas 10% - e que até 1976 estará totalmente coberto. Ma frase de Reinhold, define sua honestidade de propósitos: "Precisamos devolver em serviço e atendimento [à] comunidade, os recursos que ela fornece.
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