O melhor nativismo virá ao festival Cante Terra
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de agosto de 1986
Cante Terra - I Festival Nativista (Campo Mourão, 26 a 28 de setembro) tem tudo para se constituir em grande evento musical. Com dois meses de antecedência o coordenador José Ernesto Tavares, [Secretário] da Cultura e Turismo do município, já está com a programação artística definida e selecionados os grupos e vocalistas que apresentarão as 24 músicas que concorrerão a Cz$ 60 mil em prêmios - Cz$ 30 dos quais para a primeira classificada.
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Graças a assessoria de Edson Otto, diretor técnico do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, o Cante Terra tem uma estrutura semelhante aos melhores festivais nativistas do Rio Grande do Sul (Califórnia da Canção, em Uruguaiana; Seara, de Carazinho; Musicanto, de Santa Rosa; Tertulia, de Santa Maria). Ayrton dos Anjos, da Continental, produzirá um elepê com as 12 finalistas e o júri terá gente da maior competência. Na área artística, dois grandes shows contratados - Renatinho Borghetti, o famoso gaiteiro sulino e o cantor Dante Ledesma, um dos ídolos do novo nativismo.
As músicas concorrentes serão divididas por grupos com Parcerias de Urugaiana; Itapiuí de Alegre; Status, de Porto Alegre; Os Incompreendidos, de Caçapava; Candieiro, de Carazinho; e por compositores intérpretes do nível de Iracy Rocha, Luis Carlos Borges (organizador do Musicanto, retornando agora de uma excursão aos Estados Unidos) e Rui Biriba, de Santa Helena da Serra (vencedor da Seara da Canção Nativista, no ano passado). Apesar da predominância de participantes gaúchos - o que se justifica pela ausência ainda de maior garra musical nativista entre os compositores e intérpretes do Paraná, haverá também presença do Estado: o grupo Cigarra, de Clevelândia - vencedor do último Fercapo com "Ventania"; o Alma Nativa, também de Clevelândia e o grupo Diga, Tchê, de Maringá.
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