O humor demolidor que a "Casseta" apresenta
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de agosto de 1986
Depois do "Planeta Diário", outra publicação irreverente e audaciosa, começa a emplacar regularmente: "Almanaque Casseta Popular". O segundo número (Cz$ 12,00, 50 páginas) está nas bancas, satirizando políticos, autoridades, publicidade e tudo o mais.
xxx
A irreverência começa no próprio "expediente" da publicação, que traz os seguintes nomes em sua "diretoria": presidente Lee Oswald; Vice-presidente Administrativo: Iaccoca; vice-presidente financeiro: Assis Paim Cunha; vice-presidente de Marketing: Ronald Levingson e vice-presidente de futebol: Nagib Abi Chedid.
Depois vêm os "técnicos": operador de grua: Dulce Figueiredo; operador de som: Monsieur Lima; fornos crematórios: Kurt Waldheim; cama giratória: Dircinha Batista; Meu iá-iá, meu iô-iô: Wando.
xxx
Uma das seções mais interessantes é "Humor é com as mulheres", na qual piadas clássicas são devidamente interpretadas, teoricamente, para que as mulheres possam contar em suas rodas de amigas. A "Casseta Popular" assim justifica esta seção: "algumas piadas têm sentido profundo [e] moral esclarecedor. Outras são proféticas, outras filosóficas. E o novo humor surge com uma proposta inédita: a de fazer rir. A democracia do fígado desopilado está agora ao alcance de todos nós, meninas".
Enviar novo comentário