O terminal de Wypych
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1977
Roberto Wypych, 52 anos, ex-deputado estadual e há 2 anos presidente da mais poderosa cooperativa central do Estado - a Cotriguaçu, de Cascavel, está tendo uma semana movimentada: passou o sábado revisando o discurso que fará na sexta-feira, em Paranaguá, quando o presidente Ernesto Geisel, inaugurará o terminal graneleiro da cooperativa. Domingo viajou para São Paulo, onde irá estudar sua filha caçula e hoje retorna para ultimar os últimos detalhes da obra, iniciada há dois anos e na qual foram investidos Cr$ 80 milhões.
O terminal graneleiro da Cotriguaçu já vem funcionando, em caráter experimental, há alguns meses, tendo por ali sido exportados 600 mil toneladas em 1976. Os quatro armazéns da primeira etapa do terminal tem capacidade estática de 120 mil toneladas de grãos e o complexo exportador terá condições de receber 500 toneladas/ hora na moega rodoviária e outras 500 toneladas/ hora na moega ferroviária. Como o embarque poderá ser realizado num fluxo de 1.500 toneladas/ hora, o porto de Paranaguá tem duplicada sua capacidade.
Só a correia transportadora do terminal custou Cr$ 22 milhões e foi construída por um consórcio de três empresas brasileiras.
Wypich só lamenta uma coisa, devido a suas múltiplas atividades empresariais: Não ter mais tempo de se dedicar a mágica, ele que, nos magros tempos de estudantes do Colégio Novo Ateneu, garantia uma mesa extra com suas habilidades de ilusionista.
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