Os cantores (de longe) & a cidade
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de março de 1975
Retornando de Punta Del Este, onde garantiu ao México o 6o lugar no 10o Festival Latino-Americano da Canção, o vocalista Pacho Rivero, 45 anos, 20 de carreira, 10 lps gravados na "Cisne Records", parou novamente em Curitiba, para temporada no restaurante Mouraria. Entusiasmado com o Brasil, antes de voltar a Cidade do México, fará temporada na Porta Do Carmo, um dos mais elegantes endereços paulistas, gravará em disco na Continental e já acertou com o empresário Marcos Lázaro uma série de programa de televisão.
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Bom papo, simpático e comunicativo, Pacho Rivero tem um assunto que gosta de explicar com minúncias: a revolução mexicana, "que foi uma só ao longo de muitos anos". Pacho é amigo íntimo da última das viuvas de Pancho Villa (1877-1923), dona Marta, uma senhora de 85 anos, que reside em Chihuahua, ao norte da República mexicana, próxima ao Texas. Ali, mantém uma espécie de Museu Pancho Villa, que é a principal atração turística da região. O revolucionário mexicano teve onze esposas. E deixou mais de 50 filhos.
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Depois de permanecer duas semanas em Curitiba, no mais completo anonimato, exclusivamente para rever sua bem amada noiva, a Srta. Heloísa Bruinje, secretaria da Brasholanda S?A, viajou ontem para a Guanabara o cantor alemão Ray Miller (Rainer Horst Muller, de Colônia, 34 anos). Ilustre desconhecido no Brasil, Miller é, entretanto, um dos nomes mais famosos da jovem música germânica, com 5 lps gravados pela CBS e cobrando um cachê que em cruzeiros corresponde a Cr$ 15 mil por apresentação. Devido a isso é que não encontrou nenhum clube da cidade disposto a contratá-lo para uma apresentação.
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Heloisa Bruinfe, filha de um rico industrial do Paraná, conheceu Ray Miller na Alemanha, há dois anos, quando foi estudar em Colônia. O amor a primeira vista está resistindo a separação geográfica e em 1977 o cantor prometeu voltar. Para casar-se.
LEGENDA FOTO 1 - Pancho.
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