Os superassessores
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de setembro de 1983
À explosiva questão da contratação de 33 superassessores para os vereadores continua na ordem do dia. Na tarde de quinta-feira, 15, a comissão que trata da reestruturação administrativa da Casa teve uma longa reunião, na qual o vereador Neivo Beraldim levantou duas honestas propostas: 1') que fiquem proibidas as nomeações para os cargos de assessor legislativo de até parentes de 4' grau, dos atuais vereadores. 2') que a mesa diretora da Câmara devolva a Prefeitura os vinte e pouco funcionários que estão à disposição de alguns vereadores.
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Beraldim - a exemplo de 31 outros vereadores (somente Algacy Túlio teve ate agora a coragem de mostrar contra a proposta) defende a contratação de 33 assessores, que deverão ajudar os eleitos a 15 de novembro a cuidarem dos interesses da cidade". Entretanto preocupa-se com a forma corn que os mesmos serão escolhidos. Como a imagem da Câmara corre o risco de ficar ainda mais desgastada junto a opinião pública. Beraldirn quer que a contratação (regime CLT, salário inicial de Cr$ 300 mil) de seis pessoas competentes, evitando-se nomeações de parentes e afins - como sempre acontece. Também urn regime especial de trabalho - relógio ponto, fiscalização diária etc, - deverá acontecer para que os futuros assessores, justifiquem os altos salários que receberão.
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Já a devolução dos funcionános municipais requisitados pelos vereadores é também uma atitude moralizadora. Afinal, poucos são os que realmente prestam trabalhos de fato a Câmara. Normalmente, quando um vereador consegue do prefeito que um servidor fique á sua dlsposição este passa a ter muitas regalias. Já houve época em que a Câmara teve mais de 100 funcionários a sua disposição. Agora, a coisa parece que ficará mais difícil.
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