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Aramis

AQUI, JAZZ

A guitarra de Klugh & o som de "Fathers & Sons" EARL KLUGH mestre do violão acústico e gande compositor, não nega influênciasde artistas que vão de George Benson ao brasileiro (há 30 anos nos EUA) Laurindo Almeira, mescla jazz, pop, rhythm & blues, formando um gênero musical único e irresistível que pouquíssimos artistas podem fazer. Uma oportunidade de apreciar a arte de Klugh é "Two Of A Kind" (EMI/Odeon), seu nono elepê (mas um dos primeiros a Ter lançamento no Brasil), no qual divide as faixas com o pianista/compositor Bob James uma espécie de "retribuição" da associação que começou e floresceu com o lp "One On One" (inédito no Brasil, 1979). Com uma beleza clássica, composições melódicos e sofisticadas, arranjos ricos e interlúdicos instrumentais executados com perfeição entre James e Klugh e a excelente secção ritmica do baterista Harvey mason e do baixista Gary king. As composições de lugh neste LP incluem "Sandstorm", "Where I Wander" e "Wes" (uma homenagem a West Montgomery, um de seus ídolos), enquanto Bob James assina "The Falcon" e "Ingenue", Harvey Mason é co-autor de "Whiplash", com Michael lang. Num belo pacote de elepes de jazz, a CBS incluiu "Fathers & Sons", revelação para a grande faixa do público brasileiro das musicais famílias Marsalis e Freeman, Famílias musicais, no jazz há várias – a mais famosa delas a dos Ellingtons – o imortal Duke e seu filho Mercer sem falar nos Brubeck; nos Heath (da Philadelphia); os Montgomerys (de Indiana). No caso dos cãs Marsalis e Freeman, os filhos já são mais conhecidos do que os pais. Apesar de ser uma legenda local nos arredores de Chicago. Von Freeman teve bem menos oportunidades para gravar numa carreira que ultrapassa os 30 anos do que Chico, apenas nos últimos cinco anos. E enquanto Brandford e Wynton Marsalis foram exaustivamente ouvidos através de seus trabalhos com Art Blakey além de Wynton haver excurcionado com erbie Hancock e ter gravado seu próprio álbum para a Columbia seu pai e mestre, Ellis Marsalis, é praticamente desconhecido fora de Nova Orleans. Por 20 anos, Ellis foi uma força no cenário jazzístico de Nova Orleans, seja como educador ou como instrumentista, a gama de sua ação vai desde o tradicionalismo de Jelly Roll Morton, ao modernismo de Ornete Coleman. Justamente por possibilitar os encontros familiares dos Marsalis o pianista Ellis, o trompetista Wynton e o sax-tenor Brandford, mais o baixo acústico Charles Fambrough e o baterista James Black, fazem do lado A de "Fathers & Sons", um registro histórico. São cinco temas desenvolvidos com rara habilidade por estes instrumentistas: "Twelve's It", "A Joy Forever", "Nostalgic Impressions", "Futurist" e "Lush Life". Já no lado dois, em quatro temas "Jung Ain't Gome", "Time Marches On", "I Can't Get Started" e "Tribut To Our Fathers", há o encontro de Von Freeman (Earl Lavon, Chicago, 10/3/22) com seu filho Chico, 33 anos ambos exímios sax-tenores, que somados a Cecil McBee no baixo acústico; Jack Dejohnette na bateria e Kenny Barron, no piano – apresentam um momento jazzistico entre o emocional e o cerebral – com explendidos resultados.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Música
Música
26
18/09/1983

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