Pablo Hernandez
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de setembro de 1976
Iniciamos há alguns meses uma pesquisa sobre o bolero apesar de consultas até a Enciclopédia Britannica e ao adido cultural da Embaixada do México, até o momento não obtivemos qualquer bibliografia especializada em torno deste ritmo de tanta aceitação nos países latino-americanos. Realmente, de todos os ritmos desenvolvidos "abaixo do Rio Grande do Sul", poucos encontraram uma identificação tão grande com o espírito romântico do latino-americano. Apesar disso, não conhecemos - e estamos procurando - um único estudo de profundidade sobre o bolero, analisando seus compositores, intérpretes, sociologia musical etc. E, afinal, o bolero - como todos os outros gêneros - comporta um sem número de análises, pois vai dos trabalhos de melhor nível aos mais comerciais exemplos. Que o digam cantores como Claudia Barroso e Waldick Soriano, Edna Fagundes e alguns outros que tem faturado milhões, com seus bolerões ao gosto das platéias menos (in) formadas culturalmente de nosso País tropical.
Dois exemplos opostos de como o bolero pode ser tratado estão nas lojas: Pablo Hernandez Y su vocalistas (quem serão? Como sempre, impossível descobrir qualquer informação a respeito), faz uma segunda coletânea de clássicos do gênero, incluído na série " A Era de Ouro", pela qual já aparecem discos destinados a diversos gêneros (tango, samba e até um de jazz, com o tradicional Jazz Band, de São Paulo). Com a marcação quadrada mais gostosa e dançante, que identifica o Bolero com o baile tranquilo, rostos colados e muito amor, Pablo Hernandez Y Su Vocalistas, reuniu neste volume 2 de " A Era de Ouro do Bolero", clássicos como " Te Quiero Dijiste", " Amor", "El Humahuaqueno", " Quiereme Mucho", " Perfidia", " Acercate Más", " Tres Palabras", " Dansero", " Tu Me Acostumbraste", " Adios", " Solamente Una Vez", " Cubanacan", " Cubac Love Song", " Flamingo", " Dos Almas", " La Última Noche", " Cachito", " Jealousié", " Angelito Negros", " Maria-La-Ô". O segundo exemplo, é o disco de Carlos Alberto (Sigla/ Som Livre, cujo comentário fica para amanhã).
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