No "Bolero's Bar", Wilson lembra a cidade emocionada
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de novembro de 1986
Wilson Bueno é daquelas pessoas que consegue fazer de cada crônica um pedaço de vida. Profundo nas palavras, é dono de um texto admirável e embora há muito com material para vários títulos, é exigente ao máximo, de forma que só este ano o seu amigo Roberto Gomes, da Criar, o convenceu a reunir algumas das mais bonitas crônicas que vem publicando ao longo de quase 20 anos de atividade - que vão desde a "Tribuna da Imprensa", no Rio, a O Estado, revista "Panorama", "Curitiba Shopping" - do qual foi um dos primeiros editores - e, mais regularmente, nos últimos três anos no "Correio de Notícias".
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"Bolero's Bar" é o título da crônica que dá nome à antologia, com um pré-lançamento previsto para o entardecer do dia 2 de dezembro, na Praça Osório, dentro da III Feria do Livro Cidade de Curitiba.
Depois, no dia 11, uma quinta-feira, na Acaiaca, haverá a noite de autógrafos - embora Wilson, pelo seu temperamento tímido, não seja muito ligado a badalações sociais. O livro, consta, está sendo executado com os merecidos cuidados que merece. Capa (e ilustrações) de Rogério Dias, paranaense de Jacarezinho, artista plástico de muita identificação na noite curitibana. Outras ilustrações também enriquecem o livro. Cláudio Seto, Zuateg, Eliane Araújo e Aline Szneczuc.
O prefácio é de Paulo Leminski, amigo de Wilson desde os tempos duros em que apenas havia sonhos literários e raros vinténs para dividir as caipirinhas das ilusões saboreadas naquele mágico território da juventude que se espraiava pelos bares da antiga Rua XV de Novembro - Guairacá, Jockey, Trocadero e tantos outros que ficaram na memória como o "Bolero's Bar", nos quais todos nós dançamos nossos sonhos em noites iluminadas pela paixão.
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