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Passoline e Antonione estarão na Cinemateca

Apesar de estar adotando o sistema de reprises de filmes de sucesso - devido a dificuldades de conseguir lançamentos - o bom Francisco Alves dos Santos continua a segurar a peteca na programação das salas da Fundação Cultural. Assim, enquanto "A Rosa Púrpura do Cairo" de Woody Allen está agora no cine Luz, o Ritz relançou aquele que foi, para nós, um dos melhores filmes do ano passado: "Procura-se Susan Desesperadamente", de Susan Seidelman, com a cantriz Madonna (excelente atuação), Susan Baquette e Aidan Quenn. Um filme de revisão obrigatória. No Groff, um dos mais belos filmes de 85 - sucesso de público e crítica e que sempre tem muita gente desejando (re)ver: "Carmen", de Carlos Saura, inspirado na obra de Merimée. O Groff exibe hoje, as 10 horas da manhã, "Mistério no Parque Gorki", de Michael Apted, com William Hurt (antes de "O Beijo da Mulher Aranha") e Lee Marvin. No Luz, na sessão matinal, "O Cavalinho Azul", que Eduardo Escorel fez com base na peça de Maria Clara Machado. A mostra de cinema brasileiro que a Cinemateca realizou na semana passada encerra-se hoje, domingo, com "Macunaíma", 71, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado no livro de Mário de Andrade. Um elenco notável para este filme que há 15 anos é curtido intensamente: Grande Otelo, Jardel Filho, Paulo José, Dina Sfat, etc. A partir de terça-feira, a Cinemateca reprisa uma série de clássicos do cinema italiano: Começa com "Teorema", Itália, 69, de Pier Paolo Passolini (dias 17 a 19, 20h30min). Um dos mais polêmicos filmes dos anos 70, "Teorema" fez com que Pier Passolini (1922-1975) fosse discutido em vários círculos. Com Terence Stamp e Silvana Mangano nos papéis centrais, uma obra inquieta, criativa e, sobretudo religiosa. Ainda mais interessante que "Teorema" é "O Grito" (Il Grido), que Michelângelo Antonione, então no vigor de seus 35 anos, realizou em 1957, antes da sua clássica "trilogia da incomunicação" "A Aventura" (1959), "A noite" (1960) e "O Eclipse" (1961). Com o ator norte-americano Steve Cochran e a italiana Alida Valli, "O Grito" é um filme dolorido, marcante e que merece ser revisto, 29 anos depois. Será exibido de sexta-feira a domingo (20 a 22).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Seção de Cinema
7
15/06/1986

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