Preocupações na visita papal
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de maio de 1980
A próxima visita do Papa Paulo II ao Brasil, com sua passagem por Curitiba, está exigido um detalhado planejamento de vários setores oficiais. Alguns dos principais homens do primeiro escalão do governador Ney Braga estão voltados quase que totalmente às minúcias e detalhes do evento que, a partir dos incidentes ocorridos na semana passada, na África, passaram a exigir maiores cuidados. Uma das preocupações, na área do imponderável, está nas condições de pouso do avião que trará o Sumo Pontífice de Porto Alegre a Curitiba, pois com o inverno antecipando-se pode acontecer o << fechamento >> do aeroporto Afonso Pena, o que retardaria toda a programação.
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O secretário Cleto de Assis, da Comunicação Social, está montando todos um esquema para atender mais de 1.500 jornalistas - 500 dólares dos quais estrangeiros.
Além de hospedagem e transporte para todos estes profissionais, há o problema de facilitar a comunicação, via telefone DDI e telex, que serão instalados no Palácio Iguaçu. Intérpretes e recepcionistas com muita experiência estão sendo convocados. Tudo representa despesas que o governo do Estado vai cobrir, prazeirosamente é claro , mas que não constava, obviamente, de um planejamento anterior.
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O bom humor também funciona. E começa a surgir estórias hipotéticas sobre fatos que poderiam marcar a visita do Papa Paulo II a Curitiba. Por exemplo, aquele de que seria levado um livro histórico, retirado dos arquivos da cidade, para receber sua assinatura. A justificativa para a colocação do autógrafo em um livro histórico seria bastante simples: afinal, afora o Imperador Dom Pedro II, o Papa é o segundo monarca em visita oficial ao Paraná!
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