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Aramis

"Robocop" chega hoje nas ruas de Curitiba

"Robocop" desembarca hoje, no final da tarde, no aeroporto Afonso Pena. Ao contrário do que acontece na história criada por Frank Miller e que já rendeu dois filmes - o segundo, com lançamento nacional no próximo dia 30 (em Curitiba, Cine Plaza, 5 sessões) - este misto de homem-robot, uma supermáquina lutando contra o crime, sua passagem pela capital será tranqüila - fazendo mais um roteiro parecido com políticos a cata de votos do que de um super-herói. Uma carreata o trará ao centro da cidade, diretamente para a Praça Osório. Ali, entra no Cine Plaza (que continua exibindo "Olhe Quem Está Falando") e descansa até as 20h30 - quando irá conhecer a Boca Maldita e desfilar pela Rua das Flores. O mesmo percurso será repetido na manhã de quinta-feira, antes do "Robocop" viajar para Porto Alegre. Esta estratégia de marketing foi bolada pela Columbia / Tri-Star para promover a superprodução na qual a major americana deposita muitas esperanças de faturamento - repetindo o sucesso do "Robocop - O Policial do Futuro" - e as perspectivas amadoras desta continuação. O ator que veste o traje de "Robocop" para a promoção nas ruas da cidade não teve seu nome divulgado pela Columbia, que achou conveniente não fazer pré-estréias do filme. "Por ser muito violento, é melhor que o público normal faça a propaganda boca a boca, diz Marcelo dos Anjos, assessor do escritório local da Columbia. Na tela, Robocop é interpretado por Peter Weller, pouco conhecido no Brasil mas que já fez alguns filmes expressivos, inclusive "A Chama que não se Apaga" (Shoot the Moon, 1982, Alan Parker), ao lado de Diane Keaton. O personagem futurista de Robocop, que elimina corruptos, traficantes de drogas e até um ser que seria seu substituto (um megamonstro programado para o mal), fascinou a Weller. Ao seu lado, como a ex-parceira do patrulheiro assassinado Alex Murphy (que era transformado no policial-máquina, na primeira parte do filme) está Nancy Allen, normalmente mais lembrada como ex-mulher de Brian de Palma com a qual fez três filmes ("Carrie, a Estranha", "Vestida para Matar" e "Blowout, um Tiro na Noite"). Nancy, entretanto, tem aparecido em outros filmes de sucesso ("1941", de Steven Spielberg, "Poltergeist III", etc.). Conhecido especialmente por "O Império Contra-Ataca", Irwin Kershener dirigiu "Robocop II" como um trabalho bastante desafiador: até hoje, os elogios são grandes ao "Robocop" original, que marcou a estréia no cinema americano do diretor holandês Paul Verhocven, em 1987, após o sucesso internacional de seu filme feito na Holanda - "Conquista Sangrenta" (Fesh and Blood, 1985). Para os quadrinhólogos, um especial ponto de interesse: Frank Miller, autor da história original, é o cultuado criador de influentes "novelas gráficas" - como "Elektra: Assassina", "Batman: o Retorno" - que têm sido editadas no Brasil.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
24
22/08/1990

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