Sem Som (de fora)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de junho de 1974
Reflexos imediatos do aumento de 100% do Imposto de Importação de Bens Supérfluos: as lojas de aparelhos de som e imagem da cidade estão sendo procuradíssimas pelos interessados em adquirir gravadores, projetores, sistemas de som, filmadores de Super-8, câmaras fotográficas etc; que, com a decisão do Conselho de Desenvolvimento Econômico, passarão a custar praticamente o dobro. Só para exemplificar: um amplificador Kenwood, modelo 4.002, potência de 90 watts, atualmente no balcão da loja a Cr$ 3.800,00, vai para Cr$ 6.040,00. Com isto, as fábricas nacionais - Gradiente, Polyvox, Quasar, FBL e Magno Voz - é que ganharão. Aliás, a Gradiente chegou a tentar lançar no mercado, há algum tempo, um gravador montado no Brasil, que apesar de sua boa qualidade não teve condições de concorrer com os aparelhos importados. Ontem, um cidadão telefonou a Washington Fiuza, diretor da Engeson, reservando, de uma só vez, oito aparelhos de rádio-transmissor-receptor, na Faixa Cidadão, a Cr$ 3.800,00 cada. Fez a reserva e uma hora depois pagou. À vista.
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