Rádio na fronteira
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de fevereiro de 1978
A partir de abril os comerciantes de Foz do Iguaçu e cidades vizinhas não terão mais que recorrer aos anúncios em português, nas potentes rádios Presidente Stroessner (25 watts), Itapiru (10 watts), no Paraguai na Rádio Nacional, de Porto Iguaçu, Argentina (25 watts), para atingirem um grande público. A única rádio de Foz do Iguaçu, a brava Cultura, que vinha atuando com apenas 250 watts, teve sua potência reforçada para 10 kilowatts.
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Fundada há 22 anos pela sra. Rosa Cirilo - e primeira emissora do Sudoeste-Oeste do Paraná, a Rádio Cultura de Foz do Iguaçu afinal conseguiu elevar sua potência - e também uma freqüência em FM, para contrabalançar (cada vez maior) crescimento das emissoras paraguaias e argentinas nas região fronteiriça. Antonio Cirilo, 28 anos, herdeiro e executivo da emissora, quebrou lanças para melhorar sua emissora, que, agora com investimentos da ordem de Cr$ 5 milhões, passa a ser uma das mais importantes do Estado - incluindo a instalação de um transmissor Collins.
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Com apenas 25 funcionários, 20 horas diárias de transmissão, a Rádio Cultura de Foz do Iguaçu quer agora conquistar, novamente, os anunciantes que, nos últimos anos, preferiam as emissoras estrangeiras - mas que atingiam mais o Paraná do que a Argentina e Paraguai. E que por isso mesmo já incluíam 70% de música brasileira em suas audições. Isto é, divulga-se no Paraguai e Argentina, ao menos na fronteira, mais MPB do que nas rádios de Curitiba.
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