Tragédia do Joelma mais Chico xavier
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de maio de 1980
O filme << Joelma, 23.º andar >>, a partir e hoje, quinta-feira, em exibição no Cine Condor, deve atrair atenção do grande público: afora reproduzir cenas rodadas durante o incêndio que, há 6 anos, destruiu um dos maiores edifícios de São Paulo (tragédia que se repetiria no edifício Andraus, e que, de certa forma, inspirada a produção norte-americana << Inferno na Torre), o roteiro foi calcado no livro << Somos Seis >>, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, cujo nome vem merecendo apoio maciço para receber o prêmio Nobel da Paz. Conta Sebastião de Souza Lima, que filmou as dramáticas cenas do incêndio do edificio Joelma, que desde 1975 pensava em aproveitar o material que dispunha num longa-metragem. Mas temia que a utilização de cenas tão dramáticas o levassem a ser acusado de oportunista, razão pela qual só em 1979, quando a escritora Dulce Santuci lhe mostrou um roteiro adaptado do livro psicografado por Chico Xavier, que continha entre outras, a mensagem de uma jovem, vitíma do incêndio, que através da psicografia, voltava para consolar sua saudosa mãe, é que se decidiu a fazer o filme. Após muitas reuniões e debates, houve o consentimento, inclusive de Chico Xavier e o filme foi realizado, << resumindo e finalizando, como uma fusão de 2 pólos distintos: a fragilidade da materia com a grandeza do espírito. E, exatamente por dividir a opinião pública quanto a sua importância, não situar-se na mesmice e não deixar-se rotular, por certos causará polêmicas >>.
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