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Aramis

Uma fita para a Música Viva

Enquanto festivais de Música popular realizados há anos no Paraná acontecem sem deixar os mínimos registros em disco (veja-se o caso do Fercapo ou a próxima edição do FIC; em Pato Branco, com um orçamento de quase Cr$ 200 milhões), o Positivo dá um bom exemplo na promoção "Música Viva", que realiza com os alunos dos colégios, da organização em Curitiba, Ponta Grossa e Londrina. No ano passado, às músicas que chegaram à finalíssima foram editadas num elepê com direção musical do pianista e arranjador Fernando Montanari. Este ano, uma solução mais econômica (mas válida em termos de registro e divulgação) foi adotada: uma fita minicassete, com as 16 músicas que chegaram ao final, no dia 13 de junho, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto. xxx Restrito ao universo colegial, procurando estimular o talento dos jovens entre 10 e 22 anos que estudam nas unidades do Positivo, a promoção não pode ser, obviamente, vista com rigor crítico. Trata-se de um evento de circuito interno, sem pretensões maiores, mas válido pela abertura que dá aos instrumentistas, compositores e intérpretes entre uma geração nascida nos anos 60 e 70. A fórmula adotada para registrar e divulgar as finalistas deste ano foi econômica e inteligente: através do estúdio Fio Terra, produziu-se uma fita (oferecida num envólucro, com as letras das canções) que poderá ter tiragem ampliada à medida em que haja procura, evitando-se despesas inúteis. Aliás, recomenda-se a fórmula de produção de fitas para artistas regionais, ainda sem suficiente público para justificar os riscos da produção de um elepê (que não fica menos de Cr$ 50 milhões), mas com a natural disposição de apresentar um trabalho musical. xxx O Fio Terra, novo estúdio de som (organizado pelos arquitetos Marcelo Forte Maioleno, 24 anos, e Wilson Miranda França, 27 anos, que preferiram os riscos do som do que os riscos da prancheta), em três anos de funcionamento já produziu mais de 250 spots e conseguiu algumas premiações por seus criativos trabalhos.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
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26/09/1985

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