Uma Rosa nas eleições
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de julho de 1976
Rosa Maria Chiamulera, uma das quatro mulheres que pretendem fazer com que o Palácio Rio Branco deixe de ser o exclusivo e chauvinista Clube da Bolinha, não está tendo tempo para dedicar-se integralmente a sua campanha. Sextanista de medicina da Universidade Federal do Paraná, Rosa Maria não quer trocar o certo pelo duvidoso e, assim, não se descuidou dos estudos. Mas, a partir de setembro, já com média para aprovação, vai dar um rush final a campanha.
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Amanhã cedo Rosa viaja para o Rio de Janeiro. Recebeu um convite [irrecusável] da Fiat, para trabalhar como recepcionista numa convenção de executivos. Poliglota - fala inglês, francês, espanhol e italiano e com vivência internacional, Rosa Maria tem um expressivo currículum: fez curso em economia e política pela Universidade de Harvard (Massachussets, EUA) e, durante 3 meses, trabalhou na ONU, em Nova Iorque.
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Com assessoria de um grupo de amigos, Rosa Maria elaborou uma interessante plataforma sobre o que pretende fazer nos campos da saúde, educação e problemas comunitários, tendo como lema - "Faça da Sua Cidade Um Clube". O último ponto de sua plataforma é bastante curioso e explosivo: "Defender o interesse dos torcedores contra as arbitragens facciosas do esporte profissional do Estado".
Rosa Maria é candidata pela Arena, partido que tem mais duas pretendentes a Câmara: Berenice Garrete e Joanita Figueiredo Neves. O MDB tem só uma candidata em Curitiba: a professora Neide de Azevedo Lima, há poucos dias demitida das funções que ocupava na Diretoria da Polícia Civil.
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