Uma Rosa na Boca, no Dia da Mulher
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1986
Antecipando-se em um dia às comemorações do Dia Nacional da Mulher, a vereadora Rosa Maria Chiamulera, presidenta da Boca Rouge, capitaneia ao entardecer de hoje uma manifestação feminista na Boca Maldita. E mostrando que não é, em absoluto, um machista, o advogado Anfrísio Siqueira, presidente perpétuo da Boca Maldita, cavalheirescamente não só vai recepcionar Rosa Maria e suas companheiras, como, prometeu à poeta Gladys Gama, uma das assessoras da vereadora, que estará comandando a claque de apoio para Rosa Maria.
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Requisitada para palestras semanais sobre os mais diferentes assuntos - desde o planejamento familiar até a mulher e a Constituinte - Rosa Maria não estranhou, há 3 semanas, o telefonema vindo da Prefeitura de São Tomé, no Norte do Estado, convidando-a para uma conferência. Acontece que a secretária da Prefeitura, srta. Leonilda, enganou-se: pretendia convidar a deputada Irondi Pugliesi e acabou telefonando para Rosa Maria. Quando Rosa chegou a São Tomé, na semana passada, o prefeito - que é peemedebista - encontrava-se fora. Havia ido pescar. Sua esposa, dona Marina, constrangidíssima não sabia como explicar a confusão. Desinibida e bem humorada, Rosa acabou falando para mais de 100 mulheres no Colégio Estadual Santos Dumont, respondeu a muitas questões e conquistou pelo menos duas dezenas de votos.
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Médica com vários cursos no Exterior, bem relacionada em todos os setores, Rosa Maria está levando uma vantagem em sua campanha ao Legislativo. Organizou um esquema de palestras e diálogos com os diferentes grupos, não só em Curitiba mas também no Interior, de forma que está fazendo sua mensagem política chegar a milhares de pessoas. Especialmente ao eleitorado feminino.
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