Vampirismo gaulês
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de outubro de 1975
O economista José Zokner, da equipe do Badep e ex-bolsista na França, vem conseguindo dar regularidade ao jornal da Associação Brasileira dos Estagiários da Cooperação Técnica Francesa (Abef), que em cada número, revela também o bom humor de Zokner. Na edição de setembro deste house-organ, Zokner conta uma estória, cuja veracidade jura por todos os santos e que ocorreu com um conhecido arquiteto, de projeção nacional. Recentemente, as seis e meia da manhã de um domingo, o arquiteto, ex-bolsista, acordou sobressaltado com o tilintar do telefone. Do outro lado da linha, uma sensual voz jovem e feminina pedindo desculpas pelo incômodo, explicou que estava havendo uma gincana do Clube Curitibano e que um dos quesitos pediu um comprovante de doador de sangue na França. Como haviam informado que o nosso amigo havia estagiado em Paris perguntava se, por algum acaso, ele não havia sido doador.
- Sim, respondeu o ex-bolsista, surpreendentemente calmo.
- E o senhor tem comprovante?
- Acho que não. Que eu me lembre a Associação dos Vampiros Anônimos da França não dava comprovante.
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